O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), negou nesta sexta-feira a negociação de um acordo para a CPI dos Correios não reconvocar o publicitário Duda Mendonça em troca da não-convocação de Dimas Toledo, ex-diretor de Furnas apontado como um dos responsáveis pela elaboração de uma lista com nomes de políticos da base aliada do governo passado que teriam recebido contribuições não-contabilizadas da estatal.
- Duda Mendonça, que a revista Veja chamou de marqueteiro bandido, tem de comparecer novamente à CPI para explicar as novas contas descobertas no exterior e sua participação no esquema de desvio de dinheiro público para fins que não eram só eleitorais - disse o líder tucano.
Virgílio garantiu ainda que também pretende apoiar a convocação de Dimas Toledo. Ele considera, no entanto, que antes de tomar essa iniciativa, a CPI dos Correios precisa saber se é verdadeira a suposta lista de contribuições de Furnas.
Na opinião do senador, se a lista for verdadeira, o Legislativo estará diante de uma denúncia muito séria. Pessoalmente, porém, o senador tucano acredita se tratar de uma fraude, comparável ao "dossiê Cayman", preparado contra figuras do governo passado.
- Dimas nega a autoria. Mas é preciso descobrir e prender os responsáveis - afirmou.
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