Com sete matérias trancando a pauta da Câmara, os líderes da Câmara se reuniram nesta terça-feira com o presidente Severino Cavalcanti (PP-PE) para discutir as votações da semana. O líder do PSDB, Alberto Goldman (SP), afirmou que é consenso entre as lideranças de bancadas que o salário-mínimo de R$ 384,29 é inviável, mas o líder do PFL, Rodrigo Maia (RJ), é reticente e promete repetir o voto dado pela bancada do partido no Senado. Goldman já recomendou a sua bancada o voto contrário à emenda aprovada no Senado que aumentou o valor e acredita que a Câmara retomará o valor de R$ 300 previsto na MP.
- Essa cifra não é factível, sobretudo do ponto de vista da Previdência Social - afirmou Goldman.
Os líderes ainda devem consultar os parlamentares de suas bancadas para definir uma posição. Os parlamentares do PSDB tinham reunião prevista nesta tarde para discutir a pauta e analisar a atual crise política. Goldman voltou a criticar a edição excessiva de medidas provisórias pelo Palácio do Planalto. Na próxima semana, outras duas matérias passam a trancar a pauta da Casa. O líder lembrou ainda que no dia 5 de setembro mais quatro MPs passam a obstruir as votações na Câmara.
- Se continuar essa enxurrada de medidas provisórias e projetos de lei em regime de urgência, não vai ser possível votar a reforma política e nada além daquilo que vem do Executivo - disse Goldman.
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