O líder do PT na Câmara, deputado Jilmar Tatto (SP), defendeu nesta segunda-feira (9) a criação de uma comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) no Congresso Nacional para investigar o esquema de corrupção montado pelo empresário de jogos ilegais, Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo.
Tatto disse que diante da recusa do Supremo Tribunal Federal (STF) em repassar o inquérito da Operação Monte Carlo ao Congresso, alegando segredo de Justiça, os parlamentares devem promover as investigações.
Segundo o líder petista, a coleta de assinaturas deve começar pelo Senado para depois buscar a coleta dos 171 nomes entre os deputados. Na Câmara há requerimento assinado por 181 deputados para a criação de CPI para investigar, entre outros pontos, as relações de Carlinhos Cachoeira com parlamentares e a existência de crimes relacionados a jogos de azar.
"A melhor maneira de resolver o problema é colocar a limpo essa organização criminosa que tomou conta de vários estados. A CPMI pode quebrar sigilos, requerer documentos. Aparentemente, as denúncias foram em Goiás, mas a quadrilha tem ramificações em quase todos os estados. Isso é muito grave", disse Tatto.
Segundo Tatto, devido ao surgimento de novas denúncias, nenhuma bancada no Congresso será contra a criação a investigação. "Uma CPMI é melhor por causa da complexidade da operação [da PF]. Hoje, o Senado está entendendo que o melhor é se criar a comissão".