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O líder do PT na Câmara, José Guimarães (CE), se defendeu nesta manhã das acusações de que seu partido teria descumprido um acordo firmado com o PMDB e de que os petistas teriam obstruído a votação da chamada minirreforma eleitoral, ontem à noite.

As declarações de Guimarães ocorreram nesta quarta-feira, 16, na Comissão de Finanças e Tributação (CFT), depois de o deputado Manoel Júnior (PMDB-PB) ter tentado derrubar a sessão, cumprindo as promessas feitas pelo líder Eduardo Cunha (PMDB-RJ) de que haveria obstrução até que a minirreforma seja votada no Plenário o que deve ocorrer hoje. No entanto, havia quórum regimental para manter a sessão da CFT e a reunião não foi suspensa.

José Guimarães disse que o PT "não fez obstrução (ontem) nem fará obstrução (hoje)". "A minirreforma é um engodo. Ela não serve para nada", disse. Segundo ele, caso fosse aprovado o texto da minirreforma que veio do Senado, isso "só complicaria, e muito, as eleições de 2014". Guimarães disse ainda que não partiram do PT os requerimentos de adiamento de votação que, ontem, inviabilizaram a votação da minirreforma eleitoral.

O peemedebista Manoel Júnior repetiu as acusações feitas ontem pelo deputado Eduardo Cunha. "Já não é a primeira vez que o deputado José Guimarães descumpre compromissos", disse Júnior. Diante das promessas de Guimarães e de outros petistas de que não haverá bloqueio da votação da minirreforma hoje, Manoel Júnior disse ter consultado Cunha e suspendeu a obstrução de seu partido na Comissão de Finanças e Tributação.

Racha

O racha ontem entre PT e PMDB em torno da chamada minirreforma - que altera procedimentos eleitorais e é defendida pelos peemedebistas - fez o deputado Eduardo Cunha deixar o Plenário da Casa prometendo obstruir qualquer matéria até que o projeto seja votado. Entre as matérias que podem ser afetadas pelo bloqueio peemedebista está o projeto que altera o indexador das dívidas de Estados e municípios, relatada pelo líder do PMDB e cuja votação está prevista para hoje, na Câmara.

O PT vinha obstruindo sucessivamente a votação da minirreforma nas últimas semanas. O líder do PMDB, no entanto, ameaçou instalar um bloqueio regimental na apreciação da Medida Provisória do Mais Médicos. Diante disso, petistas e peemedebistas acordaram que não haveria obstrução do Mais Médicos - aprovado na semana passada - e da minirreforma.

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