Em mais um capítulo da troca de acusações entre governo e oposição sobre a redução da tarifa de energia, o líder do PT na Câmara dos Deputados, Virgílio Guimarães (CE), saiu em defesa do pronunciamento da presidente Dilma Roussseff sobre a medida.

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O petista disse a reação do PSDB foi motivada porque "faltam à oposição propostas para o país e sobra a surrada opção de distorcer e manipular os fatos".

Numa fala em cadeia nacional de rádio e televisão, Dilma anunciou que residências terão redução de 18%, ante os 16,2% inicialmente prometidos. Já o desconto para indústria, comércio, serviços e agricultura poderá chegar a 32%; o teto anterior era 28%.

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A presidente ainda criticou usinas -controladas pelo PSDB - que não renovaram as concessões e fez um ataque indireto aos tucanos afirmando que o país avança "sem retrocessos" e que "nesse novo Brasil aqueles que são sempre do contra estão ficando para trás."

A declaração irritou o comando do PSDB. O presidente tucano, deputado Sérgio Guerra (PE), acusou Dilma de ter cometido a "mais agressiva utilização do poder público" para lançar sua candidatura à reeleição.

Provável candidato do PSDB à Presidência, o senador Aécio Neves (MG) acusou Dilma de usar a máquina pública para fazer campanha política. Para Guimarães, "sem propostas, PSDB parte para a um palavreado tosco e primário".

O deputado petista disse que "antidemocrático é censurar a palavra da presidenta sobre as conquistas de seu governo e querer estabelecer inclusive o cenário e quando ela deve falar à nação".

O petista lembrou que a redução foi aprovada pelo Congresso, por meio de uma medida provisória, "com a adoção de um modelo que preserva os investimentos no setor elétrico, ajuda a combater a inflação e estimula o setor produtivo num momento de turbulência da economia mundial".

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Guimarães alfinetou os tucanos lembrando o apagão que afetou o país no governo Fernando Henrique Cardoso.

"Dilma tem o que mostrar, ao passo que o PSDB nos oito anos em que esteve à frente do governo federal deixou como legado a façanha de quebrar o país três vezes e provocar um apagão de mais de um ano, levando o Brasil de volta à era das lamparinas."

Segundo o petista, de olho nas eleições, o PSDB se posicionou contra a redução da tarifa. "Em verdade, os tucanos mais uma vez entraram num beco sem saída", disse. "Talvez o episódio sirva para reorientar a eterna campanha eleitoral dos tucanos."