O líder do PSDB na Câmara, deputado José Aníbal, disse nesta terça-feira que confia num entendimento entre os governadores Aécio Neves (MG) e José Serra (SP) e na união do partido na eleição presidencial em 2010. Após um encontro com o governador mineiro, Aníbal disse que não acredita que tucanos paulistas tenham interferido na disputa em Belo Horizonte para tentar derrotar Márcio Lacerda (PSB), que foi eleito com apoio de Aécio, numa polêmica aliança com o prefeito Fernando Pimentel (PT).
Em entrevista ao Estado, Lacerda disse que teve "notícias" de que seu adversário no segundo turno, o deputado federal Leonardo Quintão (PMDB-MG), contou com um apoio financeiro "muito forte vindo de São Paulo". O prefeito eleito sugeriu que esse apoio partiu de "correntes que não queriam o sucesso do governador (de Minas)" na eleição municipal, na qual jogou boa parte do seu capital político na defesa da tese da "convergência" entre tucanos e petistas. A declaração de Lacerda foi interpretada como uma referência velada a Serra, que disputa com Aécio a indicação como próximo presidenciável tucano.
"Não acredito que tenha havido qualquer intromissão - ainda mais uma intromissão dessa natureza - na eleição daqui feita por tucanos", afirmou Aníbal. O deputado foi um dos principais aliados da candidatura de Geraldo Alckmin à Prefeitura de São Paulo, que contou com o apoio de Aécio.
Na noite de ontem, Aécio foi questionado sobre as declarações de Lacerda, mas evitou o assunto. "Na verdade, são coisas de campanha e é natural que candidatos tenham apoio de, enfim, de fora do seu Estado, desde que os apoios tenham sido oficializados, contabilizados. Eu não tenho nenhum comentário a fazer sobre isso", afirmou
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