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Entidades ligadas a José Rainha Júnior, dissidente do Movimento dos Sem-Terra (MST), no Pontal do Paranapanema, oeste paulista, assinaram convênios para garantir o repasse de mais de R$ 10 milhões do governo federal. Pelo menos R$ 7 milhões já foram liberados desde 2007. Parte dos recursos está sob investigação por suspeita de irregularidades nas prestações de contas.

O principal beneficiado, a Federação das Associações dos Assentados e Agricultores Familiares do Oeste Paulista (Faafop), com sede em Mirante do Paranapanema, reúne assentados que participam das invasões coordenadas por Rainha.

A Federação obteve repasses de recursos para um programa de construção e reforma de moradias nos assentamentos. Também recebeu dinheiro para um programa de fomento visando à produção de biodiesel a partir da mamona. Os convênios foram assinados com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Além da Federação, os recursos beneficiaram a Associação Amigos de Teodoro Sampaio. Integrantes dessa entidade também estavam na linha de frente nas invasões feitas nesta segunda-feira (23) pelo MST.

A prestação de contas de parte dos repasse, no valor de R$ 3,5 milhões, está sendo investigada pelo Ministério Público Federal, por meio da Procuradoria da República em Presidente Prudente. A suspeita é do uso de notas frias para justificar despesas. O presidente da Faafop, José Eduardo Gomes de Moraes, braço direito de Rainha, negou qualquer irregularidade. O Ministério do Desenvolvimento Agrário informou que, em caso de irregularidade, os repasses são suspensos.

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