Por doze votos a um, os líderes dos partidos na Câmara e no Senado decidiram pela criação da CPI dos Sanguessugas. A decisão foi tomada nesta quarta-feira, em reunião entre os líderes e os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP).

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Os trabalhos da CPI deverão durar 30 dias e podem ser prorrogados por mais 60, de acordo com a proposta do líder do PMDB no senado, senador Ney Suassuna (PB).

- Eu propus que fosse uma CPI com um relator e um presidente que não estivessem buscando holofotes e que se determinasse, em vez dos 180 dias, 30 dias. Se precisar, prorroga-se. Essa colocação acabou sendo vitoriosa - disse o senador.

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Suassuna disse que ainda falta ouvir mais três partidos, entre eles o PSDB na Câmara e no Senado, mas que a decisão não pode mais ser revertida.

A expectativa, segundo o vice-líder do PPS na Câmara, deputado Raul Jungmann (PE), é que a leitura de instalação da CPI seja feita no plenário do Senado ainda esta semana.

- Depois de 27 dias de luta sem parar, a CPI dos Sanguessugas é uma realidade. Vamos punir e colocar para fora quem desviou o dinheiro da saúde dos brasileiros - disse o deputado.

O deputado explicou que a CPI terá curta duração porque poderá usar as investigações feitas pela Polícia Federal e pela Procuradoria Geral da República.