Líderes de partidos que apoiaram o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) na Câmara dos Deputados reagiram à decisão que anulou a votação do processo. O líder do PPS, Rubens Bueno, disse que vai apresentar um recurso à mesa diretora. Se não for atendido, haverá tentativa de recurso em plenário.
“O fato é que o processo já nem está mais na alçada da Câmara. Já passou pelo plenário, que é soberano, em uma tramitação que contou com total aval do Supremo Tribunal Federal”, argumenta Bueno.
Outra medida é tentar afastar Waldir Maranhão (PP-MA) da presidência da Casa. “Trata-se de um presidente apenas interino, que já demonstrou que não tem lisura para conduzir o processo e inclusive votou contra o impeachment”, argumenta Bueno.
O líder do DEM, Pauderney Avelino (DEM-AM), também adiantou que há a possibilidade de a oposição apresentar um mandado de segurança ao STF. Para o presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Osmar Serraglio (PMDB-PR), é mais indicado que a Câmara tente resolver o problema internamente, sem judicializar o processo. “Qualquer decisão do presidente pode ser revertida pelo plenário”, diz o peemedebista.
Audácia
O presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN), divulgou há pouco nota em que critica a decisão de Maranhão. “A matéria remetida da Câmara para o Senado não tem caminho de volta. Trata-se de ato jurídico perfeito e acabado. Inacreditável a audácia dos protagonistas. Não resiste a um mandado de segurança”, disse.
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