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Com a vitória da presidente Dilma Rousseff nos nove estados do Nordeste, lideranças do PT na região decidiram começar a cobrar mais representatividade nas decisões do governo federal. O vice-presidente nacional do partido e deputado federal, José Nobre Guimarães, é um deles. O petista pede que a região tenha um espaço tão representativo na legenda quanto São Paulo teve no passado.

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"O PT do Nordeste não será mais o mesmo. Saiu muito forte das eleições, e isso vai pesar no próximo mandato", disse Guimarães. "Há uma hegemonia político e cultural. Os nordestinos votaram na Dilma porque foram incorporados à condição de cidadãos e são os maiores beneficiários das políticas públicas. O Nordeste hoje é a solução para o país, não uma região coitadinha. Os diretórios de Ceará, Bahia e Piauí estarão para o governo (federal) assim como São Paulo esteve no passado".

Renascer da militância

No Nordeste, o PT elegeu três governadores (Bahia, Ceará e Piauí). O Maranhão deu 78,76% de seus votos válidos a Dilma, sendo o estado nordestino que mais apoiou a presidente. Alagoas ficou no extremo oposto, mas mesmo assim Dilma teve nele 62,12% dos votos válidos - uma ampla maioria.

Para Guimarães, embora a disputa presidencial tenha sido acirrada, a reeleição de Dilma é a maior vitória do PT. Ele comemora, sobretudo, a capacidade do partido de envolver amplos setores da sociedade e de mobilizar a militância, que estava ausente na política.

"Precisamos incorporar esses amplos setores no cotidiano do partido. O governo Dilma não pode ser um repeteco. Nós adormecemos nesses anos todos, nos acomodamos no governo, e nos afastamos dos movimentos libertários e sociais. Não conseguimos colocar o tema da reforma política no centro da atividade do partido. A lição das urnas é dura. A governabilidade tem que ser outra".

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