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A disputa entre o PDT e o PR por um cargo na Mesa Diretora do Senado fez com que vários líderes se manifestassem nesta terça-feira (3) sobre a necessidade do presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), garantir o princípio da proporcionalidade na composição das comissões que ainda está em discussão.

O líder do PSDB, senador Arthur Virgílio Neto (AM), afirmou em plenário que esse deve ser o critério a ser respeitado nas comissões, e classificou de "pueril" o argumentos de alguns senadores de que o critério da proporcionalidade foi quebrado a partir do momento em que o petista Tião Viana (AC) decidiu disputar chapa para a Presidência do Senado com Sarney, integrante do PMDB que tem a maior bancada no Senado e, por tradição, teria o direito de fazer a indicação para o cargo.

"Confio plenamente na tranqüilidade de vossa excelência [senador José Sarney] de que será capaz de coordenar a pacificação dessa Casa", afirmou o líder tucano.

Já o líder do PT, senador Aloizio Mercadante (SP), foi na mesma direção do senador Arthur Virgílio. Segundo ele, ainda há tempo de superar a controvérsia criada pela disputa do PDT com PR pela 4ª Secretaria, preservando a tradição de que a maior bancada tenha a prioridade na indicação. Caso contrário, afirmou Mercadante, se for quebrada essa tradição, corre-se o risco de se criar "um cenário de instabilidade e dificuldade", o que não acredita que acontecerá.

Outro que manifestou preocupação a respeito do critério o de indicações foi o líder do PSB, Renato Casagrande (ES). Ele defende que nas indicações para os cargos nas comissões seja considerado a maioria dos blocos partidários, o que daria aos pequenos partidos a oportunidade de ter representatividade nesses cargos. "Temos um debate a fazer sobre a representatividade das minorias. Esse é o caminho: o do entendimento e do acordo", disse.

O líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-AC), é outro que vai pelo caminho do entendimento. Segundo ele, a política, a conversa, são instrumentos fundamentais. "Ontem, tivemos uma disputa entre presidentes. Hoje, estamos avançando e construindo o consenso entre vários cargos. Amanhã, espero que tenhamos condições de construir o consenso para os cargos restantes e para todas as comissões", afirmou.

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