O corregedor do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), desembargador Edson Vidal Pinto, concedeu liminar na quarta-feira determinando que o PT deixe de veicular propagandas de tevê e rádio com conteúdo que anteciparia a campanha eleitoral do ano que vem. As propagandas, veiculadas desde o último dia 7, conteriam ataques ao governo do estado (do PSDB) e "promoção pessoal e eleitoreira" da presidente Dilma Rousseff (PT) e de "de eventual candidato indicado por ela ao governo do estado". O pedido de retirada do ar dos comerciais foi formulado pelo diretório estadual do PSDB.
Na liminar, Vidal destaca que os conteúdos configuram promoção pessoal de Dilma, "notória pré-candidata à reeleição". Ele justifica a interpretação citando que as propagandas contêm diversas frases como "já a presidenta Dilma trabalha sério e faz mais pelos paranaenses" e "a presidenta Dilma segue trabalhando sério pelos paranaenses".
A ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, provável candidata ao governo do Paraná em 2014 pelo PT, aparecia nas propagandas citando melhorias na saúde do estado a partir de ações do governo federal.
O ministro das Comunicações e marido de Gleisi, Paulo Bernardo, diz na propaganda que o apoio a estados e municípios atingiu "volumes recordes" durante o governo do PT. E alerta que "quem não cumpre a lei não pode receber determinados recursos". Integrantes do governo do Paraná e do governo federal vêm trocando acusações em torno dos repasses da União ao estado e da liberação de empréstimos. De um lado, o PT alega que o Paraná não consegue o dinheiro porque não cumpre a Lei de Responsabilidade Fiscal. Já o PSDB afirma que o Paraná é discriminado pela União.
Nas propagandas, os deputados petistas Tadeu Veneri, Ângelo Vanhoni e Toninho Wandscheer fazem outras críticas ao governo estadual
Nada irregular
O PT informou que vai recorrer para derrubar a liminar por entender que não fez nada de irregular. "O PT-PR, ao apresentar os inúmeros investimentos federais no Paraná e enaltecer a gestão da presidenta Dilma Rousseff, se manifesta enquanto partido institucionalizado no governo, de modo a exemplificar a sua forma de atuação com base nos atos de alguns de seus filiados. Em momento algum há o intuito de antecipar ou fazer qualquer menção a qualquer futura disputa eleitoral", diz a nota.
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