Linha ocupada

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Em recuperação de uma cirurgia vascular nas pernas, o senador Osmar Dias (PDT) não está parado. Vem recebendo visitas e telefonemas para articulações políticas. Nos últimos três dias, recebeu ligações de Jorge Bornhausen (PFL), José Jorge (PFL) – que será o vice de Geraldo Alckmin (PSDB) – do próprio Alckmin, além de Tasso Jereissati (PSDB), Jaime Lerner (PSB), Carlos Lupi (PDT) e Jefferson Peres (PDT). Sem contar os líderes locais dos partidos de oposição.

Espera – A definição sobre a candidatura ao governo do senador Osmar Dias (PDT) não deve ocorrer antes do dia 19, data da convenção nacional do partido. Ele aguarda a decisão oficial de cima antes de dar resposta. "A saúde do Osmar vai bem, mas a insistência da direção nacional em lançar candidato próprio a presidente vai mal", diz o líder do PDT na Assembléia, Luiz Carlos Martins. O senador Cristóvam Buarque continua no páreo.

Candidato – Em entrevista ao jornalista Fábio Campana na Rádio Band News, ontem pela manhã, o deputado federal Gustavo Fruet (PSDB) colocou-se como alternativa das oposições para a sucessão estadual. Fruet entretanto, criticou a lentidão no encaminhamento da candidatura que vai disputar com Requião e cobrou uma definição do PSDB e do próprio senador Osmar Dias. O deputado disse esperar por uma posição definitiva para os próximos dias e se diz pronto para a disputa.

Aquecimento – Os candidatos a deputado estadual e federal do PMDB se reúnem na terça à noite, na sede do partido, para traçar estratégias para a campanha. "Está na hora de começar a motivar o pessoal para a batalha", diz o vice-líder do governo, deputado estadual Vanderlei Iensen (PMDB). Até agora, 62 nomes estão na chapa que vai disputar a Assembléia Legislativa. O PMDB pode lançar 81 candidatos com chapa pura ou 108 numa coligação.

Sondados – Na lista de preferências de alianças do PMDB estão o PSDB e o PDT. Já com o PT o acordo é mais difícil. "Tem liderança petista falando muita bobagem do governo", avalia o vice-presidente estadual do PMDB, Nereu Moura. A aproximação com o PP também é remota. "Requião tem restrições a algumas pessoas do partido", emenda. O PTB tem sinal verde, mas para os tucanos, tapete vermelho: "O PSDB está light, sem críticas injustas".

Revoada – Os tucanos, no entanto, estão batendo asas para outra direção. Amanhã, às 11 horas, conduzem a esperada reunião com possíveis aliados – PFL, PP e PDT –, que deve ser decisiva para marcar a data de uma convenção conjunta dos partidos e para selar um compromisso de aliança na proporcional. Com ou sem Osmar Dias (PDT) candidato a governador. O deputado federal Gustavo Fruet (PSDB) continua sendo o plano B.

Mister X – Falta o presidente estadual do PSDB, Valdir Rossoni, anunciar quem seria o misterioso vice que já estaria reservado numa eventual candidatura de Gustavo Fruet ao governo. O presidente da Assembléia Legislativa, Hermas Brandão (PSDB), jura que não é ele. "Sou pré-candidato ao Senado", repete. Para marcar presença, os possíveis aliados também querem lançar nomes para a disputa. O PFL oferece Cássio Taniguchi, e o PP, o casal Cida e Ricardo Barros.

Todos contra um – "A fórmula para a oposição ganhar o governo é deixar as vaidades de lado." A sugestão é do deputado estadual Reni Pereira (PSB), ao defender que seja repetida no estado a mesma estratégia usada em seu município, Foz do Iguaçu, onde 18 partidos passaram por cima de divergências políticas e se juntaram numa frente contra o PMDB. Mesmo assim, derrotaram o ex-prefeito Sâmis da Silva por uma diferença pequena de votos.

Firme – O PPS segue sem dúvidas sobre a pré-candidatura a governador de Rubens Bueno. A desistência de Roberto Freire à presidência não murchou os ânimos na disputa local. Mesmo com a aliança nacional com o PSDB, os dois partidos devem ter candidatos próprios no Paraná, mas sobem no mesmo palanque no segundo turno, a exemplo da frente de oposição que se formou na última eleição municipal em Curitiba e garantiu a vitória de Beto Richa (PSDB).

Jeitinho – Os showmícios estão proibidos, mas nem por isso os famosos vão ficar de fora da campanha eleitoral de alguns paranaenses. O deputado estadual Ratinho Júnior (PPS) decidiu usar a criatividade para não esbarrar na legislação. Patrocinou ontem uma partida de futebol em Cornélio Procópio, no Estádio Campo da Vila, e jogou pelo time da cidade. Nada incomum se não tivesse escalado na equipe adversária o cantor sertanejo Daniel.

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Pinga-fogo

* "Ele deveria apoiar o Lula, mas não dá para esperar lealdade do Requião".

* A frase é do presidente estadual do PT, André Vargas, esperando retribuição do governador pelo que o governo federal já teria feito pelo Paraná na área administrativa e política.

* Mesmo que haja o apoio, os petistas estão decididos a lançar o senador Flávio Arns ao governo.

* O presidente da Assembléia Legislativa, Hermas Brandão (PSDB), quer comprovar sua tese de que a mídia local cobra ética e moralidade do Legislativo, mas nunca teria recusado milhões em verbas do poder público.

* Brandão está concluindo um levantamento sobre todos os gastos em propaganda do atual e do ex-governo estadual nos veículos de comunicação.