Ao deixar o prédio da Polícia Federal, onde depôs por mais de quatro horas, o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) confirmou que recebeu R$ 75 mil em espécie do ex-diretor de Furnas Centrais Elétricas Dimas Toledo durante a campanha de 2002, que teriam sido levados pelo próprio Dimas a seu escritório. Jefferson disse ainda que na lista em poder da Polícia Federal há candidatos a presidente e governador de vários partidos, como PSDB, PTB, PFL e PP.
- A PF está muito em cima dessa lista. Constam nomes de candidatos a presidente, governador, do PSDB, PTB, PFL e PP. Não posso legitimar a lista, mas em relação a mim é verdade. Creio que a lista é muito próxima da verdade - afirmou.
Jefferson acredita que o próprio Dimas tenha feito a lista para mostrar que "fazia caixa para políticos daquela importância". Segundo o ex-deputado, seria uma estratégia de defesa "envolver tanta gente importante para que o inquérito não ande". Indagado sobre a informação de que políticos do PSDB teriam recebido mais dinheiro do que ele, Jefferson disse que a contribuição crescia de acordo com o tamanho do partido.
- A lista tem uma lógica política. Quanto maior o partido, maior a contribuição.
Diante da insistência dos repórteres para que falasse o nome de políticos do PSDB citados na lista, Jefferson pediu que não o obrigassem a falar sobre o assunto. Indagado se sua cautela era uma indicação de que é verdade que tucanos teriam recebido dinheiro do esquema supostamente montado pelo ex-diretor da estatal, Jefferson desconversou:
- Não me comprometa, eu preciso me defender.
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