Brasília (Folhapress) – O surgimento de uma nova lista com nomes de políticos de Minas Gerais, sobretudo do PSDB, PFL, PTB e PP, provocou bate-boca entre tucanos e petistas e ameaça de processo de cassação no Conselho de Ética contra o vice-presidente da CPI do Mensalão, Paulo Pimenta (PT-RS).

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O documento, que é apócrifo e não tem recibos de pagamentos, identifica 128 nomes que teriam dividido R$ 10,8 milhões do esquema de Marcos Valério Fernandes de Souza nas eleições de 1998. Entre os citados está o governador de Minas, Aécio Neves. Em 1998, ele foi candidato a deputado federal.

Além do PSDB, PFL, PTB e PP, há candidatos vinculados a pequenos partidos. O PT é citado como beneficiário de R$ 850 mil, mas não há identificação de nomes. Os papéis já estavam com a CPI dos Correios, mas não foram divulgados por falta de provas. Muitos na CPI do Mensalão não sabiam de sua existência, o que alimentou a confusão e gritaria de uma hora na reunião conjunta para o depoimento do sócio de Marcos Valério, Cristiano Paz.

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A confusão entre os parlamentares que se preparavam para ouvir Paz aconteceu porque o deputado Júlio Redecker (PSDB-RS) afirmou que viu Pimenta entrar no carro de Valério na madrugada de ontem. Pimenta confirmou. "Fui até o carro e o advogado (de Marcos Valério, Marcelo Leonardo) me entregou um documento com mais nomes, além dos 79. Nomes que não têm recibo", disse o parlamentar gaúcho.

Muitos deputados correram para ver a lista e começaram a provocar: "Tem tucano, tem gente importante".

Com o bate-boca, o presidente da CPI do Mensalão, Amir Lando (PMDB-RO), suspendeu a sessão e se reuniu com Pimenta no corredor.

Quando a sessão voltou, Pimenta apresentou uma nova versão: "Era uma lista que estava circulando durante a sessão (...) Verifiquei que os nomes que estavam na lista não conferiam com os 75 nomes na lista entregue pelo Valério. Deduzi que essa lista havia sido trazida pelo Marcos Valério, mas aguardei pacientemente até o final da sessão para buscar essa informação. Já fui informado que essa lista não partiu do sr. Marcos Valério ou de seus advogados".

A explicação não convenceu. O PSDB prometeu entrar com representação contra Pimenta no Conselho de Ética.

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