Em um de seus depoimentos na delação premiada, o ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa afirmou que foi procurado por Fernando Soares, o Fernando Baiano, por orientação do ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró, para que não colocasse obstáculos na compra da Refinaria de Pasadena, no Texas, nos Estados Unidos.

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Paulo Roberto disse que Baiano “era bastante atuante como lobista do PMDB no âmbito da diretoria Internacional da empresa” e que um dos primeiros assuntos tratados por ele com Paulo Roberto foi justamente a compra da Refinaria de Pasadena. Paulo Roberto, no depoimento, avalia que “a aquisição não foi um bom negócio, já que a refinaria foi feita para processar petróleo leve, enquanto a Petrobras exportava petróleo pesado.

Para adaptar a refinaria às necessidades da Petrobras, seriam necessários de R$ 1 a R$ 2 bilhões”. O ex-diretor de Abastecimento também observou que a Astra, que entrou como sócia da petroleira brasileira no negócio, era uma empresa de trading, não de refino. “Isso significava associar-se a uma empresa que não era da área e que tinha um negócio pequeno de trading”, disse ele.

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Fernando, narrou Paulo Roberto, lhe ofereceu US$ 1,5 milhão para que não impusesse problemas na negociação. Paulo Roberto admite que aceitou o dinheiro, que teria sido depositado por Baiano em uma conta no exterior. Na opinião dele, a verba teria sido paga pela Astra. Entre 2007/2008, Paulo Roberto esteve com Baiano em Liechteinstein, no Vilartes Bank, onde, acredita, tenha sido depositado o valor da propina.