O vice-prefeito de Curitiba, Luciano Ducci, deixou o PSDB e retornou ao PSB, partido pelo qual foi eleito. A ficha de filiação foi assinada ontem, em Brasília, durante reunião da direção nacional. A mudança tem em vista as eleições de 2008, quando Beto Richa tentará se reeleger. Ducci vai assumir a presidência municipal do PSB, partido aliado ao prefeito, e no cargo poderá ter mais poder para articular o processo da reeleição.
A troca, segundo Luciano Ducci, não tem relação nenhuma com a guerra travada entre o governador e o prefeito ou com a ameaça do PSDB do Paraná de ser oposição ao governo do Estado. O vice-prefeito declarou apoio ao governador Requião no primeiro turno da eleição, mas ficou neutro depois que Beto Richa decidiu trabalhar na campanha a governador do senador Osmar Dias (PDT)."Recebi o convite para organizar o partido nos bairros e vou manter a mesma lealdade e amizade com o Beto", afirmou.
Para o prefeito, a saída de Ducci não interfere nas conversas para repetir a mesma chapa em 2008. "Ele me consultou antes de tomar a decisão e isso não atrapalha em nada. O importante é a postura dele onde quer que esteja", disse Beto Richa.
O secretário nacional do PSB, senador Renato Casagrande (ES), afirmou que o retorno de Ducci e de seu grupo político vai ajudar a fortalecer o partido em Curitiba. "Não queríamos nunca que ele tivesse saído."
No PSB do Paraná, no entanto, há resistências. O líder do partido na Assembléia Legislativa, Reni Pereira, criticou a filiação e divulgou uma carta aberta cobrando coerência de Ducci, que deixou a legenda depois de eleito e apóia o governador. "Toda a coligação culpa o Ducci pela derrota do Osmar porque ele trabalhou para o governador em Curitiba. Agora, se quiser voltar terá que seguir a orientação do partido e fazer oposição ao Requião", avisou o deputado.
O vice-prefeito adiantou que a direção nacional e estadual não estão impondo nenhuma condição para sua entrada. O presidente do PSB do Paraná, Severino Araújo, declarou que o ingresso de Ducci é necessário para dar maior densidade eleitoral ao partido e ajudar a vencer a cláusula de barreira nas próximas eleições.
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