O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que não considera que sejam "gastos" os recursos que serão usados nos Jogos Olímpicos de 2016, mas sim "investimentos". De acordo com Lula, não se deve perguntar quanto o Brasil gastará na Olimpíada, mas quanto ganhará com a realização do evento. "É acreditando assim que a gente vai fazer uma grande Olimpíada", afirmou, no programa semanal de rádio "Café com o Presidente" que foi ao ar nesta segunda-feira (5).

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Lula disse achar que é "sempre importante" se pensar no quanto se gastará para a concretização de uma competição desse porte, mas o principal, na opinião do presidente, é a "chance" que o Brasil terá de se apresentar ao mundo como "jamais" teve. "Nós estamos investindo na nossa nação, nós vamos ter de investir mais na formação profissional de atletas, nós vamos ter de construir mais coisas, melhorar ruas, melhorar o metrô, melhorar as avenidas, melhorar o transporte, ou seja, tudo isso é investimento para a Olimpíada, mas, ao mesmo tempo, são investimentos que vão permitir a melhoria da qualidade de vida do povo da cidade do Rio de Janeiro", disse. O presidente mencionou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e lembrou que o governo fará um PAC específico para a Copa do Mundo de 2014.

Segundo Lula, o País tem o direito de celebrar a conquista dos Jogos Olímpicos, antes de pensar nos próximos passos. "Mas nós temos agora um tempo para começar a preparar, nos três níveis de governo, prefeitura, governo estadual, governo federal, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB), nós vamos começar agora, a discussão de como nós vamos preparar (a Olimpíada)", declarou.

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O presidente lembrou que, antes dos Jogos Olímpicos, o Brasil sediará a Copa do Mundo de 2014, que, conforme ele, exigirá "quase que o mesmo tanto de trabalho que vão exigir as Olimpíadas". "Quando nós estivermos preparando o Brasil para a Copa do Mundo, certamente que todas as obras que a gente fizer para a Copa do Mundo, com exceção da quantidade de estádios, vão servir (as obras) para as Olimpíadas.

Integração

Lula exaltou os três níveis de governo - federal, estadual e municipal - e o Congresso no esforço de trazer o evento esportivo internacional para o País. "Eu estou convencido de que nós vamos trabalhar, de forma muito coesa, esses três entes federados. O Congresso Nacional deu uma contribuição importante aprovando o Ato Olímpico, portanto, comprometendo também, o Congresso Nacional e toda a nação brasileira com as Olimpíadas", disse.

Para o presidente, foi essa "seriedade" que permitiu que o Brasil ganhasse o direito de fazer a Olimpíada. "Nós temos agora sete anos, até as Olimpíadas, para a gente poder fazer a melhor Olimpíada que já foi feita no mundo. Portanto, eu acho que o esforço de todo mundo e a energia positiva de 190 milhões de brasileiros e de muitos países da América do Sul fizeram com que nós ganhássemos o direito de realizarmos as Olimpíadas em 2016.

Lula disse também que todas as federações que representam os esportes olímpicos deverão apresentar ao governo um plano de metas para os jogos de 2016. De acordo com ele, o País precisa agora trabalhar de "forma muito mais competente" para que chegue à Olimpíada muito mais forte.

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Lula citou as escolas e pediu a ajuda dos empresários. "Nós vamos ter, sabe, de trabalhar muito as escolas, vamos ter de trabalhar muito a juventude brasileira, vamos ter de envolver os empresários, para que eles comecem a adotar e a ajudar a preparar atletas", afirmou.

"Nós aprendemos um pouco com a China, e temos de aprender mais, nós temos de aprender com outros países que já fizeram outras Olimpíadas, para que a gente chegue no ano da Olimpíada muito mais preparados, com muito mais atletas inscritos e com muito mais atletas com possibilidade para ganhar medalha de ouro.