O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a falar sobre as mudanças na poupança nesta quinta-feira (30) e afirmou que "jamais tomaria qualquer medida que prejudicasse as pessoas que investem na poupança".

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O presidente fez as declarações em resposta à propaganda partidária do PPS, veiculada em rádio e televisão, em que o deputado Raul Jungmann diz que o governo mexeria na poupança como fez o ex-presidente Fernando Collor de Mello.

"O povo brasileiro me conhece, sabe do meu comportamento e das minhas atitudes. E sabem que eu jamais tomaria qualquer medida que prejudicasse as pessoas que investem em poupança. Na verdade, a poupança é a garantia da não-desvalorização do dinheiro", disse Lula, em entrevista coletiva após cerimônia de entrega do crachá do trabalhador número 30 mil do Complexo Siderúrgico da ThyssenKrupp CSA Complexo Siderúrgico da ThyssenKrupp CSA, no Rio de Janeiro.

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"Fico muito preocupado quando as pessoas começam a brincar com a economia. Teve um partido político que teve uma atitude insana, uma atitude mentirosa, uma atitude de irresponsabilidade total de dizer que o governo brasileiro iria mexer na poupança", disse Lula.

O presidente do PPS, Roberto Freire, afirmou que o governo Lula é "irresponsável" e atende aos "interesses dos banqueiros".

"O Lula, o cara, não poderia estar tão nervoso. Se ele estivesse tratando essa questão da diminuição dos juros, da poupança, da diminuição dos lucros do sistema financeiro. Mas como ele tem política subserviente do interesse dos banqueiros nacionais, ele não consegue ter a tranquilidade de responder a uma crítica", disse Freire.

"O PPS continuará dizendo que o governo é irresponsável e está atendendo ao lobby do sistema financeiro quando quer tungar (furtar) a poupança popular brasileira", completou o presidente do partido.

Juros

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Sobre a redução de um ponto percentual na taxa básica de juros brasileira, a Selic, Lula disse que o Banco Central tem trabalhado na direção certa. "Nós até agora trabalhamos com muita responsabilidade. Até agora, deu certo. Não há porque mudar. O Banco Central está trabalhando a Selic com muita responsabilidade."

O presidente afirmou que a autoridade monetária continuará trabalhando para evitar a alta da inflação. "No momento que tiver de cair, vai cair. No momento que tiver de subir, vai subir. O que nós precisamos é não permitir a volta da inflação, porque ela sim, causa muito prejuízo a quem vive de salário."