A escolha do médico sanitarista carioca José Gomes Temporão para o Ministério da Saúde, segundo informa o colunista Ancelmo Gois em seu blog , foi viabilizada pela desistência da bancada do PMDB na Câmara, que queria a pasta. Embora peemedebista, Temporão é ligado ao grupo do Senado, não ao da Câmara.

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Em troca da desistência, a bancada negocia agora uma segunda pasta na reforma ministerial. Sinalizou o desejo de ficar com o Ministério da Agricultura e já procura nomes, como o do deputado ruralista Waldemir Moka (MS). O PMDB também cogitou o Ministério do Turismo, mas o presidente pretende manter Walfrido dos Mares Guia.

Para tranqüilizar os peemedebistas, o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, telefonou para o presidente do partido, Michel Temer, e confirmou que o Ministério da Integração Nacional iria para o PMDB. O deputado Geddel Vieira Lima (BA) é o nome indicado pelo partido.

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Ainda de acordo com o colunista Ancelmo Gois, a confirmação do nome de Temporão foi feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao governador do Rio, Sergio Cabral (PMDB).

- O Rio merece ter um ministro da Saúde - disse Lula a Cabral.

Temporão é filiado há poucos meses ao PMDB

Ex-presidente do Instituto Nacional do Câncer (Inca), Temporão é secretário de Atenção à Saúde do Ministério e é filiado ao PMDB há poucos meses. É uma indicação de Cabral, adversário de Temer dentro das disputas internas da legenda. No dia 11 de março, o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Nelson Jobim, que tem o apoio de Cabral, desafiará a presidência de Temer na convenção nacional do partido.

Hoje, apenas o PMDB que apoiava Lula no primeiro mandato tem espaço na Esplanada: é o grupo do Senado, que indicou os ministros das Minas e Energia e Comunicações.

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Cabral: entendimento entre Jobim e Temer está complicado

Cabral confirmou nesta sexta que está complicado o entendimento entre os candidatos à presidência do PMDB, mas afirmou que ainda tem esperança de que o partido chegue a uma candidatura única.

A ala de Cabral defende que Temer renuncie à candidatura em favor de Jobim. A convenção nacional do PMDB está marcada para 11 de março. Cabral disse que chegou a falar com Temer por telefone para propor que Temer retirasse sua candidatura em favor de Jobim.

- Já tive o contato telefônico. Mas hoje não existe ainda um ambiente para o entendimento, Mas vamos construir. Política é assim mesmo - destacou Cabral, em um evento de tecnologia da informação, no Rio de Janeiro, dando a entender que vai continuar insistindo na desistência de Temer à reeleição da presidência do partido.

Na última quinta-feira, a chapa dos dois candidatos foi inscrita no PMDB. Porém, Cabral não acredita que seja irreversível. - Eu torci e torço por esse entendimento, mas a inscrição é só o cumprimento de uma determinação legal. Espero que até a convenção se chegue a um acordo - acrescentou o governador.

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