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“Alguns argumentam que o Brasil não deveria permitir que Hugo Chávez ingresse no Mercosul e perturbe o funcionamento do bloco. (...) Quem está aderindo não é o atual governo venezuelano, mas sim a Venezuela.” Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Senado | Jonas Pereira/Agência Senado
“Alguns argumentam que o Brasil não deveria permitir que Hugo Chávez ingresse no Mercosul e perturbe o funcionamento do bloco. (...) Quem está aderindo não é o atual governo venezuelano, mas sim a Venezuela.” Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Senado| Foto: Jonas Pereira/Agência Senado

Ingresso no Brasil

Irã negocia acabar com o visto

Da Redação

O vice-ministro das Relações Exteriores do Irã, Alireza Salari, afirmou ontem que seu governo pretende firmar um acordo por meio do qual iranianos não precisem mais de visto para ingressar no Brasil e que os brasileiros também usufruam desse benefício em relação ao Irã. As declarações foram dadas à Agência Brasil, mantida pelo governo federal.

O possível acordo diplomático sobre vistos deve ser um dos temas do encontro dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Mahmoud Ahmadinejad, do Irã, marcado para 23 de novembro, em Brasília. Caso haja um acerto, o Brasil seria um dos poucos países do mundo a não exigir visto para a entrada de iranianos. Grande parte das nações pede visto sob a argumentação de que isso evita a entrada de terroristas em seu território – o Irã é acusado por grande parte da comunidade internacional de patrocinar o terrorismo.

Reação

Na entrevista, Salari manifestou preocupação com a reação contrária no cenário internacional à visita de Ahmadinejad ao Brasil, especialmente dos israelenses.

Brasília - A base aliada do governo Lula no Senado decidiu apressar a votação do ingresso da Venezuela no Mercosul. Os governistas vão tentar aprovar na quinta-feira, na Comissão de Relações Exteriores da Casa, a entrada dos venezuelanos no bloco econômico hoje formado por Brasil, Argentina, Uru­­guai e Paraguai. Caso isso ocorra, a base quer levar o projeto ao plenário ainda nesta semana.

Os parlamentos da Argentina e do Uruguai já aprovaram o ingresso da Venezuela, faltando apenas os do Brasil e do Paraguai para que o país de Hugo Chávez ingresse definitivamente no Mercosul.

Nos bastidores, os governistas trabalham para rejeitar o parecer do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), relator da matéria, contrário à adesão da Venezuela. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), apresentou parecer em separado à comissão no qual defende o ingresso do país do presidente Hugo Chávez.

Dos 19 titulares da comissão, dez senadores da base governista já sinalizaram estar dispostos a aprovar o parecer de Jucá. Há integrantes da base, porém, que são contrários ao ingresso da Venezuela no Mercosul – como os senadores Fer­­nando Collor (PTB-AL) e João Ribeiro (PR-TO).

No parecer, Jucá rebate ponto a ponto os argumentos apresentados por Jereissati contra a adesão da Venezuela ao Mercosul. O líder do governo afirma, no texto, que o regime político do país vizinho, comandado por Hugo Chávez, não pode servir de impedimento para que o país ingresse no bloco. Há uma cláusula no acordo do Mercosul, porém, que impede a adesão de países não democráticos – o que os oposicionistas alegam ser o caso da Venezuela.

Jucá, porém, classifica de "miopia estratégica" o argumento de que, com Chávez no poder, a Venezuela poderia colocar em risco a democracia na América do Sul. "Alguns argumentam que o Brasil não deveria permitir que Hugo Chávez ingresse no Mercosul e perturbe o funcionamento do bloco. Outros questionam se o atual regime político da Venezuela é compatível com o compromisso democrático do Mercosul. Quem está aderindo não é o atual governo venezuelano, mas sim a Venezuela, país vizinho com o qual o Brasil sempre manteve boas relações", afirma.

No relatório de Tasso, Chávez é acusado de cometer uma série de atos que ferem a democracia venezuelana. O tucano diz ainda que o presidente venezuelano utilizou instrumentos democráticos para "dominar os poderes Legis­­lativo e Judiciário", partindo para controlar a imprensa local.

Antes de votar o relatório de Tasso, a comissão pretende ouvir hoje o prefeito de Caracas (capital da Vanezuela), Antonio Ledezma, opositor de Chávez, para discutir a situação política de seu país.

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