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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizou nesta quinta-feira (4) o envio das tropas das Forças Armadas ao Rio de Janeiro para auxiliarem no combate à violência. A decisão foi tomada em reunião no Palácio do Planalto após o governador Sérgio Cabral enviar uma carta à Presidência com o pedido de intervenção federal.

"(O presidente) determinou a efetiva participação das Forças Armadas no Gabinete de Gestão Integrada da Segurança Pública em implantação no Rio de Janeiro e a intensificação da atuação na proteção de suas áreas no estado", consta do ofício encaminhado a Cabral e assinado pelos ministros Waldir Pires (Defesa), Jorge Armando Felix (Gabinete de Segurança Institucional) e o ministro-interino da Justiça, Luiz Paulo Teles.

O governo informa ainda que a Força Nacional de Segurança Pública "está sendo mobilizada nos termos do último encontro entre autoridades estaduais e federais". Não foi esclarecido o efetivo que será enviado ao Rio de Janeiro.

No pedido encaminhado pelo governo fluminense, Cabral requisitou que os militares tenham poder de polícia em regiões maiores no entorno dos quartéis do Exército, Marinha e Aeronáutica na cidade, liberando policiais civis e militares para o patrulhamento das demais áreas. Os militares ainda participariam treinando policiais e emprestando equipamentos, como lanchas e helicópteros.

Segundo o documento enviado, as Forças Armadas vão "colaborar com maior efetividade no combate à criminalidade no Estado do Rio de Janeiro". O pedido para envio da Força Nacional de Segurança Pública só será enviado na próxima semana.

O Gabinete de Gestão Integrada foi criado para afinar a troca de informações de inteligência entre a Polícia Federal, Agência Brasileira de Informações (Abin) e a força de segurança estadual.

A Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) foi criada em agosto de 2004 para atuar em situações de emergência ou quando for detectada a urgência de reforço na área de segurança pública dos estados ou do Distrito Federal. Policiais e bombeiros considerados os melhores de cada estado são recrutados das corporações de elite estaduais e recebem treinamento especial para agir nos momentos de crise. Há, atualmente, cerca de sete mil policiais militares e bombeiros à disposição da Força.

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