Ao discursar no almoço de confraternização com oficiais-generais das Três Forças, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou do próprio governo mais criatividade e ousadia nas medidas para promover o crescimento. Ele disse que não se deve fazer apenas o possível. Segundo o presidente, se o governo não for arrojado, não conseguirá o crescimento almejado.

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- Se não for arrojado, não acontecerá o crescimento que queremos. Não estou disposto a conviver mais quatro anos discutindo a miséria. Não quero discutir o Orçamento como uma casa que não tem pão, todo mundo briga e ninguém tem razão. O cobertor é curto. O único jeito é a economia crescer - disse.

Diante de uma platéia de militares, o presidente fez elogios e críticas ao regime militar das décadas de 60 e 70. Lula disse que nunca houve crescimento igual ao do período do presidente Médici, mas em seguida ponderou que esses momentos de crescimento não foram acompanhados de aumento salarial e distribuição de renda. Lula disse que também houve esse tipo de distorção, crescimento sem justiça social, no governo militar de Ernesto Geisel e no governo democrático de Juscelino Kubitschek.

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- De 68 a 73, o governo Médici, do ponto de vista eminentemente do crescimento econômico, não teve similar na História do Brasil. Mas quando a gente olha esses dados a gente fica abismado porque não significaram aumento de renda dos pobres. No momento JK, tivemos o mesmo retrato. Poucas vezes se combinou crescimento econômico com a distribuição de rendas e justiça social no Brasil.

Lula disse que o país não cresceu tanto como ele gostaria em seu governo, mas conseguiu conquistas importantes.

- Não crescemos tanto, mas é o maior aumento do salário mínimo em 30 anos.