O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou do colega boliviano, Evo Morales, em discurso proferido no sábado (22) no país, a legalização dos brasileiros que vivem na Bolívia, especialmente nas áreas de fronteira. Lula destacou que assinou em julho um decreto anistiando estrangeiros que viviam ilegalmente no Brasil. Segundo ele, desde 2005, 50 mil bolivianos foram beneficiados por decisões de legalização de imigrantes.
"Estou seguro, companheiro Evo, de que a regularização dos brasileiros na Bolívia, sobretudo aqueles concentrados na faixa de fronteira (...), também serão tratados com carinho pelo governo boliviano", afirmou Lula em discurso na cidade de Chimoré.
Segundo o presidente, o Brasil deu o exemplo ao dar os direitos de cidadania aos estrangeiros vivendo no país em plena crise econômica mundial. "(Os países ricos) começaram a criar leis para perseguir imigrantes latino-americanos, brasileiros, africanos. E a resposta que o Brasil deu foi, ao invés de culpar os pobres imigrantes, nós demos anistia para eles porque a crise econômica é da responsabilidade dos ricos, e não dos pobres."
O presidente Lula também afirmou que os dois países têm o papel de promover a democracia na América Latina. Por isso, defendeu a imediata recondução do presidente de Honduras, Manuel Zelaya, ao cargo. "Devemos condenar com veemência o retrocesso político em Honduras e exigir o retorno imediato e incondicional do presidente Zelaya às suas funções constitucionais", frisou.
Estradas e treinamento
Além do empréstimo de US$ 332 milhões para a construção de uma estrada na Bolívia que será parte da ligação rodoviária entre o Brasil e o Chile, Lula destacou também que o Brasil está facilitando a entrada de produtos têxteis bolivianos em seu mercado e que existe a intenção de firmar uma parceria entre os dois países para a construção de centros de formação profissional.
"Estamos comprometidos em instalar um centro de formação profissional aqui na Bolívia para qualificar as meninas e os meninos deste país. É um centro igual ao que estudei quando eu tinha 14 anos de idade", disse Lula. "No Paraguai, uma iniciativa desta nós já treinamos 10 mil jovens em técnicas industriais."
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