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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está irritado com a tensão existente no Senado entre dois aliados de peso do governo. Em uma série de conversas, Lula cobrou o fim das hostilidades entre os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Aloizio Mercadante (PT-SP). A rivalidade ficou mais explícita com a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, há duas semanas, quando eles divergiram sobre o comando das investigações.

No início da tarde de terça-feira (26), o ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, admitiu que a briga entre os dois parlamentares é um problema a mais para o governo. Segundo ele, o momento deve ser de esforço nas negociações de uma CPI "importante", que pode afetar investimentos da estatal do petróleo.

"Existem questões pessoais e precisamos respeitá-las, mas os dois têm grandeza e entendimento de que são líderes importantíssimos e que nunca foi tão necessário estarem juntos", afirmou Múcio. "Evidentemente que, quando dois companheiros divergem sobre determinado assunto, você tem um pouco mais de trabalho para procurar aproximá-los. Mas o Brasil merece.

Lula avalia que é difícil acabar com a briga por se tratar de uma disputa "pessoal", como ressaltou o ministro das Relações Institucionais. O presidente confidenciou a assessores que os dois senadores são homens "vaidosos, arrogantes e passionais".

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