Num discurso de 40 minutos em clima de campanha, destacando inclusive que o ano eleitoral se assemelha a uma "guerra santa", o presidente Luiz Inácio Lula da Silva subiu o tom das críticas á oposição. E disse que é visto com "rancor e inveja" pelos que são contrários ao seu governo.

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- Não tem coisa pior do que a inveja de um ex-marido quando vê sua mulher feliz com outro homem ou um governante percebendo o sucesso da pessoa que o sucedeu - afirmou.

Aocitar iniciativas governamentais em diversas áreas, como saúde, educação, transportes e infra-estrutura, Lula afirmou ainda que os governantes não devem responder ao "jogo rasteiro dos adversários".

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Durante a entrega do cartão de número oito milhões e setecentos mil do programa Bolsa Família, ocorrida em cerimônia no Ginásio de Esportes de Osasco, na Grande São Paulo, Lula também fez promessas. Como a de que até o fim de seu mandato o salário-mínimo terá capacidade para comprar duas cestas básicas. Hoje, essa capacidade, segundo Lula, é de 1,7 cesta básica.

Sem citar números, o presidente também reafirmou a disposição do governo de quitar a dívida do Brasil com o Clube de Paris, como já previu recentemente a equipe do ministro da Fazenda, Antonio Palocci. Ovacionado por cerca de 3 mil pessoas que lotavam o ginásio, Lula ainda anunciou que, em janeiro de 2006, o governo começa a construção da ferrovia Nova Transnordestina, ligando os portos Pecem, no Ceará, e Suape, em Pernambuco, com 1.803 quilômetros.

Depois de criticar a má utilização pelos governadores dos recursos destinados pela União a obras em infra-estrutura rodoviária, o presidente ainda garantiu investimentos de R$ 160 milhões na Rodovia Norte-Sul. Lula ainda comparou números de seu governo com o de antecessores e fez críticas ao apagão e aos baixos investimentos em desapropriação de terras em favor da reforma agrária.