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Em reunião do Conselho Político nesta quinta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva garantiu aos líderes os partidos aliados no Congresso que concluirá, em até 15 dias, as nomeações para os cargos de segundo e terceiro escalões no governo. A informação é do deputado José Múcio Monteiro (PTB-PE), líder do governo na Câmara dos Deputados.

- Isso (nomeações) é uma coisa que já deveria ter sido resolvida. Acho que essas crises, essas situações políticas todas retardaram o processo - afirmou Múcio a jornalistas após a reunião.

Ele disse que não sabe avaliar o número de cargos que precisarão de nomeações, mas calculou em "uns 500". Disse, no entanto, que será dada prioridade aos principais postos. Segundo o líder, Lula afirmou que, enquanto estiver fora do país em viagem ao México e a mais quatro países da América Central na próxima semana, as nomeações serão tocadas pelos ministros Dilma Rousseff (Casa Civil), Walfrido dos Mares Guia (Relações Institucionais), Paulo Bernardo (Planejamento) e Luiz Dulci (Secretaria-Geral).

Na quarta-feira, Lula confirmou a nomeação de Luiz Paulo Conde, ex-prefeito do Rio de Janeiro, indicado pela bancada do PMDB na Câmara, para a presidência de Furnas , dando assim início ao atendimento dos pleitos da base.

As nomeações ocorrem em meio à tramitação, no Congresso, de duas questões cruciais para o equilíbrio das contas do governo nos próximos anos: a prorrogação da CPMF, tributo que renderá mais de R$ 38 bilhões em 2008, e da Desvinculação de Receitas da União (DRU), que dá mais flexibilidade para a alocação dos recursos orçamentários.

Lula pede que aliados aprovem prorrogação da CPMF

O presidente Lula disse aos líderes dos partidos aliados que a principal missão do governo no Congresso nesse semestre é aprovar a prorrogação da CPMF. A avaliação, na reunião do conselho político do governo, foi de que o Orçamento da que a principal missão do governo no Congresso nesse semestre é aprovar a prorrogação da União não pode abrir mão de R$ 34 bilhões anuais.

- A votação da CPMF será o grande desafio por causa da questão dos prazos. Não podemos deixar que esse assunto seja politizado porque o governo não pode abrir mão da receita - avaliou o líder do governo na Câmara, José Múcio Monteiro (PTB-PE).

Em busca de consenso sobre o projeto, que está na Comissão de Constituição e Justiça, o líder do PTB, Jovair Arantes (GO), disse que a proposta de seu partido é a renegociação da dívida dos estados como alternativa à divisão da CPMF com estados e municípios.

A tendência é que a base aliada indique o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci (PT-SP) para relatar a emenda da CPMF na comissão especial que será criada para analisar o tema.

- É um nome evidentemente técnico, que já discutiu essa questão... Daríamos alguns passos e recuperaríamos algum tempo perdido - afirmou Múcio a jornalistas após a reunião.

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