O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou na manhã deste sábado que o governo vai propôr ao Congresso que regulamente o direito de greve dos servidores, proibindo a paralisação em setores considerados essenciais do serviço público. Lula, que falou rapidamente com jornalistas antes de tomar café da manhã com os presidentes Michelle Bachelet (Chile) e Felipe Calderón (México), não especificou, no entanto, quais seriam esses setores. Questionado se ele concordava que havia determinadas áreas que não poderiam ter direito à greve, Lula respondeu:
"Cada um de nós paga o preço pelos exageros que cometer".
Lula está participando em Georgetown, na Guiana, da cúpula do Grupo do Rio. O presidente explicou que a idéia é encaminhar ao Congresso a ratificação da Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que trata das relações trabalhistas do funcionalismo público e que está sendo debatida entre o governo e os sindicalistas desde 2003.
O presidente chegou a usar como exemplo a época em que era presidente do Sindicato dos Metalúrgicos e liderava greves. Segundo ele, já naquela época, ficava acordado que certos setores das empresas que sofreriam as paralisações, considerados importantes, não poderiam aderir à greve.
Já sobre a tão esperada reforma ministerial para o seu segundo mandato, Lula não quis fazer comentários.
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