O presidência Luiz Inácio Lula da Silva definiu neste domingo (17), em Riade, na Arábia Saudita, a instauração da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar irregularidades na administração contábil da Petrobras como "questão político-eleitoral". De acordo com ele, a decisão de manter as assinaturas do requerimento para a implantação da CPI, tomada por 30 senadores, é coisa de "quem não tem mais nada a fazer". As declarações foram feitas em entrevista coletiva em Riade.
Para o presidente, a instauração da CPI não causa temor algum ao governo. "Do ponto de vista prático, não tem (receio) nenhum", afirmou. Lula disse que todos os comentários que tinha sobre o assunto foram feitos na base aérea de Brasília, antes da viagem. Na oportunidade, o presidente afirmou que a CPI não era do Congresso Nacional, e sim "do PSDB". "Não vou tocar em um assunto que é interesse específico do Senado. Todas as pessoas ali têm dados suficientes para fazer o que entenderem melhor", reiterou
Lula lamentou que a investigação seja aberta em um "momento de ouro na área do petróleo", quando o governo proporá um debate nacional sobre o novo marco regulatório do setor. "Estamos viajando o mundo em busca de recursos para que a Petrobras possa intensificar a exploração do pré-sal", disse. "Não podemos transformar isso em uma questão política-eleitoral envolvendo a empresa mais importante que o Brasil tem." Ele, então, voltou a disparar contra os partidários da CPI: "De qualquer forma, se as pessoas que assinaram o requerimento não têm mais nada para fazer, que façam. Nós vamos continuar tocando o barco".
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