O presidente Luiz Inácio Lula da Silva começa nesta segunda-feira conversas com os partidos aliados para fazer a reforma ministerial. Depois da reunião de coordenação de governo, Lula receberá o presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), nome lembrado para substituir Marcio Thomaz Bastos no Ministério da Justiça. Temer irá ao encontro, no Palácio do Planalto, acompanhado dos líderes do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), e no Senado, Valdir Raupp (RO).
Reforma ministerial se transforma em balcão de negócios
O presidente Lula viu a sua reforma ministerial transformar-se num grande balcão de negócios entre o Planalto e legendas aliadas. De acordo com reportagem publicada neste domingo pelo jornal O Globo, enquanto Lula não decide, nos bastidores seus aliados travam uma disputa desenfreada. O maior exemplo é a divisão interna no PMDB, entre as bancadas de deputados e de senadores, que passa a ser o principal entrave para a conclusão da reforma.
Ainda de acordo com a reportagem, para colocar o assunto em pauta e tentar frear a guerra dos aliados, o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, chegou a pedir aos presidentes dos partidos da coalizão são 11 no total que encaminhassem ofícios pedindo audiência com Lula para tratar do tema.
A primeira demonstração de força dos aliados percebida pelo Planalto foi a impossibilidade de um acordo para votar na Câmara, quinta-feira, o projeto que cria a Super-Receita. A bancada do PMDB da Câmara quer ganhar dois ministérios, e logo. Mas o grupo peemedebista do Senado não quer abrir mão do atual espaço no governo, que inclui três ministérios, além de 17 cargos de comando em estatais, órgãos e agências. E os senadores não têm pressa. Para tentar solucionar o impasse, Lula agendou para esta semana um encontro com o presidente do PMDB, deputado Michel Temer.
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