O presidente Luiz Inácio Lula da Silva empossou nesta quarta-feira (10) o novo ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, em uma solenidade fechada no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Em discurso transmitido pelo sistema de som da sede provisória da Presidência da República, Lula disse ter total confiança em Barreto e que ele conseguirá dar "conta do recado". "Quanto mais trabalho e menos bochincho, nós ganhamos com isso", afirmou o presidente.
Lula disse esperar que Barreto continue o trabalho de Tarso Genro, que sai do cargo para se candidatar ao governo do Rio Grande do Sul. Lula elogiou, em especial, as ações de Tarso voltadas para a Polícia Federal (PF). "Houve melhoria substancial nos salários do ministério. Na Polícia Federal, houve não apenas o reconhecimento do trabalho da instituição, mas uma recomposição salarial e um aumento do efetivo, substancial, que mostra a importância da PF.
Para o presidente, Tarso foi "ousado e impetuoso" no ministério, dando "estabilidade à instituição". E sobre o novo titular da pasta, lembrou que ele é concursado há 26 anos "conhece a máquina por dentro, é amigo de todo mundo, conhece todo mundo e não tem como a gente não confiar num homem de carreira do Ministério da Justiça".
Melhora
O presidente disse que optou por preencher as vagas de ministros por secretários-executivos porque eles já conhecem a estrutura da máquina. Segundo ele, a colocação de um novo ministro de fora da pasta implicaria em novo gabinete e novas contratações, e o ministério só voltaria a funcionar no fim do governo.
Lula aproveitou para dizer que em todas as áreas está conseguindo fazer uma gestão melhor no segundo mandato do que no primeiro. Citou como exemplo o Ministério da Justiça. Ainda de acordo com ele, a saída de um ministro é sempre um momento difícil, mas é mais sofrida quando o ministro não quer sair do governo, obrigando o presidente a demiti-lo. "O momento duro é quando cabe ao presidente tirar o ministro e ele acha que ainda não é hora de sair.