Na primeira entrevista ao lado da presidente eleita, Dilma Rousseff, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira (3) que, antes de deixar o governo, tratará de assuntos pendentes como a compra de aviões de caça e a indicação de um ministro para a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) que se abriu com a aposentadoria de Eros Grau, em agosto.
Lula disse que já tem um nome para indicar para o STF, mas ele considerou prudente esperar passar a eleição para discutir a escolha com o presidente eleito. Ele vai discutir com Dilma o nome pretendido por ele antes de tomar qualquer decisão. "Quero dizer para ela justamente para ela dizer se ela quer ou não [o nome escolhido por ele] porque vai ser no mandato dela praticamente [a indicação do ministro do Supremo]", afirmou.
Em relação à escolha dos caças, Lula disse que também esperou para discutir o tema depois das eleições e, depois do descanso de Dilma, eles tratarão do assunto com o ministro da Defesa, Nelson Jobim. O governo brasileiro vai comprar 36 aviões de caça e tem três modelos em vista: da francesa Dassault, da norte-americanda Boeing e da sueca Saab.
A definição sobre extraditar ou não o ativista político italiano Cesare Battisti também está na pauta de assuntos a serem resolvidos por Lula antes do dia 31 de dezembro. O presidente afirmou que espera o parecer do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, sobre o caso de Battisti e que acatará o que for recomendado por ele.
"Estou dependendo do procurador-geral da República. Se ele me der um parecer, qualquer que seja o parecer dele, vou acatar porque ele que é o advogado, ele que é orientador do presidente da República. Tomarei a decisão", disse Lula aos jornalistas.
Em 2009, o STF decidiu que cabe ao chefe do Executivo a decisão final sobre a concessão de refúgio político a Battisti.
Julgamento do Marco Civil da Internet e PL da IA colocam inovação em tecnologia em risco
Militares acusados de suposto golpe se movem no STF para tentar escapar de Moraes e da PF
Uma inelegibilidade bastante desproporcional
Quando a nostalgia vence a lacração: a volta do “pele-vermelha” à liga do futebol americano