O Brasil deve finalizar ainda neste mês uma proposta em relação às mudanças climáticas que será apresentada na Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU), em dezembro.

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Segundo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o plano brasileiro prevê que o país possa diminuir, até 2020, o desmatamento em 80%. "Isso significa deixar de emitir praticamente 4,8 bilhões de toneladas de CO2", disse Lula em seu programa de rádio semanal, "Café com o presidente".

Durante o programa, o presidente comentou sua ida a Estocolmo, na Suécia, para a 3ª Cúpula Brasil-União Europeia e defendeu que os países desenvolvidos paguem "pelo estrago que já fizeram ao planeta".

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"Tem uma diferença muito grande entre os países ricos que têm política industrial há mais de 150 anos e os países pobres, que estão começando a se desenvolver agora e os países emergentes. Não é a mesma coisa Estados Unidos e China. Nos Estados Unidos, tem uma revolução industrial há quase 200 anos. A China começou agora", disse Lula, ressaltando que é a proposta deve medir quanto cada país está emitindo de gás na atmosfera ao longo de sua história.

Lula afirmou que o Brasil está preservando seus biomas e citou o Zoneamento Agroecológico para a Cana-de-açúcar, que deixou praticamente toda a região da Amazônia proibida de plantar cana, assim como o Pantanal. "Nós queremos que os outros países assumam a responsabilidade. Significa diminuir o padrão de consumo, ou mexer em alguma coisa da produção. Se eles não quiserem fazer isso, vão ter que reflorestar o seu país. Se eles não quiserem fazer isso, vão ter que pagar para os países que têm matas, que tem florestas ainda, preservar e ter uma compensação financeira por isso", sugeriu.

Presidente visitará obras do rio São Francisco

Outro assunto do programa foi a visita que Lula fará nesta semana às obras de revitalização e integração do rio São Francisco, no Nordeste. O presidente destacou que o governo pretenderecuperar as margens dos rios e fazer saneamento básico nas cidades para que não joguem o esgoto no rio São Francisco.

"Ao mesmo tempo, começamos uma política de levar água para mais de 12 milhões de pessoas entre os estados de Pernambuco, da Paraíba, do Rio Grande do Norte, do Ceará, que são as pessoas que vivem o drama da seca mais forte do que qualquer outro cidadão brasileiro", disse Lula. A obra, segundo o presidente, custará mais de R$ 6 bilhões. Uma parte dela, afirmou Lula, ficará pronta até 2010, e outra parte até 2012. "É uma obra muito importante e ela vai tornar as regiões brasileiras menos desiguais", disse.

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