A menos de um ano do fim de seu mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que já carrega a sensação do "dever cumprido". Ainda assim, promete inaugurar muita obra Brasil afora.
Nem críticas da oposição nem a recente crise de hipertensão vão segurá-lo.
"É uma pena que a Dilma (Rousseff) não vai poder ir comigo inaugurar obras", disse o presidente em visita a um gasoduto no Rio de Janeiro.
As declarações tinham endereço certo. Lideranças de partidos como PSDB e Democratas vêm se queixando do que chamam de campanha antecipada. A ministra-chefe da Casa Civil tem acompanhado o presidente a quase todas as agendas de governo.
"Tem gente que falava que o Lula não iria viajar mais (depois da alta de pressão)... Quem esperar que vou ficar sentado em Brasília vai se dar mal, pode tirar o cavalo da chuva. Vamos inaugurar muitas obras este ano. Tem gente que vai ficar doido de raiva."
Assim que deixar o governo--o limite é 3 de abril--Dilma não poderá participar de eventos oficiais ao lado do presidente. Até junho, quando poderá efetivamente colocar sua candidatura na rua, perderá os holofotes atraídos pelo presidente da República e ações de governo.
Sobre o mal-estar sofrido na semana passada, Lula disse ter "orgulho" de sua pressão arterial, normalmente em 11 por 7, e garantiu medi-la diariamente.
Desde a crise de hipertensão--atingindo pico de 18 por 12--auxiliares diretos do presidente pressionaram por uma redução no ritmo de sua agenda, conselho que ele parece não estar disposto a atender.
Pé no acelerador e motor esquentando: país paga caro por hiperestímulo da economia
Janja manda recado vulgar para Elon Musk e comete grosseria contra mulher da plateia
Vitória de Trump pode trazer alívio às big techs e à defesa da liberdade de expressão nos EUA
Brasil e Argentina buscam solução para melhorar trânsito de pessoas na fronteira