O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira que o momento é de análise política para construir alianças. Ele, no entanto, desconversou ao ser perguntado sobre as negociações com o PMDB, dizendo que "nesse assunto muita gente quer dar palpite".
- Temos que analisar o quadro político. Vocês estão percebendo que em política todo mundo dá muito palpite. E o que parece que estava definido ontem, hoje não está. Algumas coisas parecem que vão ser definidas amanhã e não vão. Vamos ter que, com muita paciência, esperar o que vai acontecer no mês de junho, que é quando o quadro político vai estar definido - disse Lula, numa improvisada entrevista coletiva no Feirão da Casa Própria, promovido pela Caixa Econômica Federal.
Ainda quando falava sobre o PMDB, Lula foi perguntado se aceitaria em seu palanque em um segundo turno o ex-governador do Rio Anthony Garotinho, pré-candidato do PMDB a presidente e que nos últimos dias teve o seu nome envolvido em uma série de irregularidades em relação a doações de campanha.
- Eu não espero nada. Não posso ficar esperando quem é que vem para o meu palanque. Eu não faço acordo com pessoas, mas com partidos políticos. Se o PT decidir fazer acordo com o PMDB, como PSB, PCdoB, PL, PV, ou seja, é com essas pessoas que nós vamos fazer a campanha. Mas isso depende do partido e eu tenho dito que não vou definir minha candidatura antes do prazo limite, que é 30 de junho. Agora, o PT não pode ficar parado, nem ficar esperando eu me decidir. O PT tem que costurar as alianças, conversar com outros partidos políticos. Enquanto o PT faz as articulações políticas, eu vou continuar a fazer o que estou fazendo: trabalhando - disse.
Perguntado como deverá trabalhar a sua possível campanha à reeleição sem dois dos seus coordenadores da candidatura de 2002 - os ex-ministros José Dirceu e Antonio Palocci -, Lula disse que, se decidir ser candidato, caberá à presidência do PT escolher os novos coordenadores.
- Simplesmente vamos ter que arrumar outros coordenadores. E esse não é o problema porque teve muita gente que coordenou minhas campanhas. E quem vai coordenar a campanha, se eu decidir ser candidato, é o presidente do partido, que sempre foi e sempre será o coordenador - afirmou Lula, numa referência ao deputado Ricardo Berzoini (PT-SP).
O presidente, que não discursou no evento, não colocou barreira para tratar de vários assuntos com a imprensa. Sobre o encontro nacional do PT, do qual ele participa nesta sexta-feira, Lula disse não ter conhecimento do que será discutido na reunião, mas destacou que é preciso minimizar as disputas internas e enaltecer as disputas externas do partido.
- Não conheço a pauta do encontro. Espero que o PT esteja consciente que vai entrar em uma disputa eleitoral e que nós precisamos construir uma política de alianças com todos os estados da federação. O que nós precisamos, como sempre, é minimizar as disputas internas e enaltecer as externas - disse Lula.
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