O presidente nacional do PT, deputado estadual Rui Falcão (SP), disse nesta sexta-feira (30) que o partido está animado com a recuperação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que a entrada dele na campanha de Fernando Haddad em São Paulo vai ajudar o pré-candidato petista a prefeito a crescer nas pesquisas - hoje o ex-ministro da Educação tem apenas cerca de 3% das intenções de voto. A entrada efetiva do ex-presidente na campanha, segundo Falcão, é esperada para meados e fim de abril.
"É evidente que a possibilidade de o presidente Lula participar diretamente da campanha deve aumentar o ritmo de crescimento da candidatura de Haddad", disse o dirigente, após participar de seminário promovido em um hotel da capital paulista pelo Instituto Lula e pela Fundação Perseu Abramo.
Falcão evitou afirmar que o alvo preferencial de Lula será o ex-governador José Serra, pré-candidato do PSDB a prefeito de São Paulo. Mas ressaltou que o ex-presidente vai concentrar esforços na campanha de Haddad.
De acordo com Falcão, a senadora Marta Suplicy (PT-SP) vai entrar na campanha de Haddad "no momento em que for melhor para ela participar". Assim como o deputado estadual Edinho Silva, presidente da sigla no Estado de São Paulo, Falcão minimizou as declarações da senadora recomendando a Haddad "gastar sola de sapato" para se tornar mais conhecido.
"É uma expressão popular no PT", afirmou. "Quando um candidato se apresenta, a gente pede para ver a sola do sapato porque as campanhas do PT são sempre de contato direto com a população e isso Haddad já está fazendo."
Segundo Falcão, Lula vai dosar sua participação nas campanhas municipais petistas e não terá uma "agenda alucinante" de andanças pelo País. O presidente nacional do PT explicou que Lula definirá junto com o partido a lista de prioridades para seu apoio e visitará algumas regiões. Onde não for possível atuar diretamente, Lula gravará depoimentos a favor de candidatos petistas.
Questionado sobre a possibilidade da nacionalização do debate político nas eleições municipais de outubro, Falcão admitiu que a discussão será vantajosa para o PT. "É um debate excelente porque podemos contrastar dois países", argumentou, referindo-se a uma possível comparação entre as administrações petista e tucana à frente do governo federal.
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