Entregue ao espírito do carnaval, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez apologia do sexo seguro no Sambódromo do Rio ao distribuir camisinhas durante o desfile da Beija-Flor, pouco antes das 4 horas da madrugada desta segunda-feira (23). Ao lado do ministro da Saúde, José Gomes Temporão, Lula atirou cartelas de preservativos em direção ao público. Segundo o ministro, foi a primeira-dama, Marisa Letícia, que, involuntariamente, transformou o presidente em garoto-propaganda da campanha do Ministério da Saúde para o carnaval. Marisa se queixou ao ministro de que a cesta de utilidades do banheiro do camarote dos convidados do presidente e do governador tinha de tudo, menos camisinha.
"Liguei para Sérgio Cortes (secretário de Saúde do Estado do Rio), e ele me trouxe várias, logo abasteceram os camarotes com muitas camisinhas", contou Temporão, que incentivou Lula a jogar preservativos aos foliões.
Antes de distribuir os envelopes preparados pelo Ministério da Saúde para o carnaval, Lula guardou alguns no bolso para brincar com Cabral. Em seguida, os atirou para os que estavam na parte logo abaixo do balcão do camarote que dividia com o governador.
A maior parte dos políticos do Rio foi relegada a uma espécie de condição de segunda classe e não teve acesso ao presidente. O camarote do governador, que teve 300 convidados no ano passado, abrigou menos da metade no primeiro dia dos desfiles de 2009, com as restrições ao número de convidados que evitaram constrangimentos e companhias indesejáveis.
Ao deixar o camarote, Lula e Cabral entraram logo nos automóveis do comboio presidencial, sem dar entrevistas. Lula disse apenas esperar a vitória da Beija-flor, sua escola preferida. "Foi maravilhoso", disse.
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