Em encontro com senadores petistas na tarde de terça-feira (11), o ex-presidente Lula se mostrou mais otimista sobre a reação do governo à crise política e econômica que atinge o governo e disse que Dilma e o PT precisam assumir a “narrativa da crise”, hoje controlada pela oposição.
Dinheiro liga doleiro da Lava Jato a obra no prédio de Lula
Leia a matéria completaSegundo parlamentares que estiveram na reunião, que aconteceu no hotel Golden Tulip, em Brasília, o ex-presidente disse ser contra a realização de uma reforma ministerial nesse momento e afirmou que, se fosse ele o presidente, não o faria, já que isso não seria uma solução para a crise. Senadores petistas que estiveram com Lula contaram que o ex-presidente defendeu que mudanças no ministério somente devem ocorrer de forma pontual, quando parlamentares de um partido levarem claramente a posição de que o determinado ministro não representa a bancada.
O ex-presidente afirmou que o importante agora seria aprofundar o diálogo com as bancadas aliadas e com os ministros do governo Dilma para que eles retomem o controle sobre os parlamentares dos partidos que representam no Congresso. Participaram do encontro os senadores petistas Humberto Costa (PE), Jorge Viana (AC), José Pimentel (CE) e Lindbergh Farias (RJ).
“O problema não é mudar as pessoas, é mudar a forma de relacionamento com o Congresso”, disse Lula no encontro, segundo um dos petistas presentes.
O ex-presidente irá se encontrar com Dilma até o final desta semana, provavelmente na quinta ou na sexta-feira. Na sexta, Lula estará em Brasília para participar de evento organizado pelo PT em defesa da educação, quando será discutido o Plano Nacional de Educação (PNE).
Lula destacou, no encontro, a necessidade de a presidente Dilma Rousseff intensificar as viagens aos estados, como tem feito ultimamente, e mostrar o que o governo tiver para mostrar. Lula citou no encontro o provável lançamento do programa Minha Casa, Minha Vida 3, ainda este mês, como um fato que pode ajudar a recuperar a popularidade do governo.
O ex-presidente também irá adotar uma agenda paralela de viagens pelo Brasil para ajudar na recuperação da imagem do governo.
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