O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira, em sua primeira entrevista na TV como candidato ao jornal "SBT Brasil", que não é a favor da limitação dos poderes das CPIs, mas do aperfeiçoamento das comissões parlamentares. Lula, que recebeu nesta terça-feira um documento de juristas pedindo a regulamentação das CPIs, afirmou que deve haver um grande debate sobre reforma política, mas sem "virar uma salada de frutas".
- Não acho que as CPIs exageram, mas muitos políticos preferem aparecer na foto. O objetivo da CPI é punir, mas muitos investem nisso para fazer merchandising próprio. Isso complica a seriedade da CPI - afirmou.
Sobre a proposta de criação de uma Assembléia Constituinte exclusiva para discutir a reforma política, Lula se disse favorável à idéia, mas explicou que essa deve ser uma reivindicação da sociedade, e o governo tem de atuar apenas como um indutor desse processo.
- Duvido que o Congresso possa aprovar uma reforma política que contente a sociedade. Acho que só vão conseguir aprovar uma que contente o próprio Congresso - disse.
O presidente falou ainda sobre o escândalo dos sanguessugas. Para Lula, é um erro expulsar os parlamentares antes do final do processo de investigação, uma vez que não há nada provado ainda:
- Não temos preocupação em expulsar deputados, mas tem que provar. Você não pode julgar ninguém por ser acusado, julgamento sumário nunca deu certo em lugar nenhum. É por isso que eu nunca fui a favor da pena de morte, pois podemos cometer um grande erro.
Fiscalização do Pix pode ser questionada na Justiça; saiba como evitar cobranças
Regulação das redes: quem é o advogado-geral da União que se posicionou contra Mark Zuckerberg
Impactos da posse de Trump nos EUA animam a direita; ouça o podcast
Sidônio toma posse para tentar “salvar” comunicação de Lula