Lula diz que é magistrado nas disputas internas do PT

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se apresentou neste sábado como magistrado nas disputas internas do PT. Ele afirmou, em entrevista na sede da nova usina de Biodiesel inaugurada, em Itaquara, na Chapada Diamantina, que, com isso, evita "fomentar" a luta partidária. O presidente afirmou que não entre nas lutas internas do PT ou de qualquer outro partido e que a responsabilidade dos petistas é maior porque é o partido do presidente da República. Ele afirmou ainda que, caso tenha "sensibilidade", o PT - em processo de escolha do sucessor do atual presidente, Ricardo Berzoini - sairá fortalecido da disputa.

- A minha posição como presidente é que sou uma espécie de magistrado. Eu não entro nas disputas internas do PT. Não tem por que um presidente entrar nas disputas internas do PT. Não me meto nas disputas de outros partidos políticos. Porque de vez em quando as pessoas pedem a opinião do presidente. Eu prefiro não dar opinião sobre as disputas internas. Eu quero é conviver com o resultado da disputa, para não fomentar a disputa. Saiba que a responsabilidade do PT com um partido com o presidente da República é maior do que quando o PT era oposição. Se o PT tiver sensibilidade, sairá muito fortalecido do encontro - afirmou o presidente, em entrevista à imprensa.

Para Lula, as perguntas sobre as divisões do PT são recorrentes: aparecem todas as vezes que o partido se reúne para eleger o novo comando. Apesar de afirmar que não quer fomentar disputas, o presidente afirmou que o PT não está rachado.

- O PT está completando 27 anos. Todas as vezes que o PT vai checando em momento de congresso, as perguntas são as mesmas. O PT está rachado, o PT está dividido? O PT não está dividido nem rachado. O PT está exercitando uma coisa que chamamos de democracia. Vai ter uma disputa, as teses serão votadas e um documento final. Não tem divisão nem racha. Tem uma disputa democrática que é saudável para o Brasil e para o PT - afirmou o presidente.