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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira (24) que 2010 será um ano "delicado" para a administração pública. Lula afirmou que é preciso trabalhar para que os "embates" não prejudiquem a concretização de programas sociais. "Nós estamos vivendo ano que vai começar a ficar delicado. Do ponto de vista político estamos concretizando a democracia. Do ponto de vista administrativo precisamos ficar atentos, é um ano que vai ter muitos embates e não podemos permitir que qualquer coisa atrapalhe os programas sociais", afirmou.

Nós estamos vivendo ano que vai começar a ficar delicado. Do ponto de vista político estamos concretizando a democracia. Do ponto de vista administrativo precisamos ficar atentos, é um ano que vai ter muitos embates e não podemos permitir que qualquer coisa atrapalhe os programas sociais" O presidente voltou a dizer que existem pessoas que torcem para o Brasil não dar certo. "Tem gente no Brasil que fica incomodado quando as coisas começam a dar certo. Na visão de algumas pessoas o correto era que o Brasil estivesse uma desgraça. Na visão de alguns o certo é que tudo desse errado para valer o que disseram: ‘Ta vendo, o menino não é letrado, nasceu para ser torneiro mecânico, mais do que isso é abuso’", afirmou.

Lula discursou em Brasília durante a abertura do II Salão de Territórios Rurais, que reuniu autoridades e participantes do Programa Territórios da Cidadania para debater políticas de desenvolvimento econômico em comunidades rurais. Estiveram presentes à conferência os ministros do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, do Meio Ambinete, Carlos Minc, da Igualdade Racial, Edson Santos, e de Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Também participaram do evento os governadores da Paraíba, José Maranhão (PMDB), de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e da Paraíba, Carlos Henrique Gaguim (PMDN).

O Programa Territórios da Cidadania foi criado há dois anos para estimular ações de desenvolvimento sustentável em terras rurais em parceria com estados e municípios.

Lula disse que vai trabalhar para que as eleições não atrapalhem as ações do governo e reafirmou que vai empossar secretários executivos no lugar dos ministros que saírem para se candidatar a cargo eletivo. "Meu compromisso é não parar de governar esse país por conta das eleições. Vai sair muita gente, todo mundo sabe que eu não vou trocar muita gente. Vou colocar secretários executivos . São eles é que estão tocando os ministérios agora, salvo algumas exceções".

Ao colocar um boné entregue por participantes do Programa Territórios da Cidadania, Lula lembrou que em 2003 foi criticado por usar um boné do MST durante um evento. "Saiu nas primeiras páginas dos jornais. A partir daí passei a colocar tudo quanto é chapéu", afirmou.

O presidente disse acreditar que governo terá "continuidade", mas não especificou quem deve assumir o governo para consolidar as obras. "Eu tenho segurança que nós vamos ter continuidade. Dia 29 agora vamos lançar o segundo PAC. Não posso permitir que quem vier depois de mim perca um ano fazendo o programa. Eu não posso dizer quem vai ser [novo presidente] porque ... Vamos aguardar", afirmou.

Lula voltou ainda a criticar a imprensa. Segundo o presidente, os jornais costumam publicar apenas fatos negativos e ignoram as realizações de seu governo. Para Lula, se em 30 anos houver pesquisa sobre o Brasil com base em "tabloides", haverá "mentiras".

"Inauguro 2 mil casas e não vejo uma nota no jornal. Cai um barraco e dizem que caiu uma casa. É uma predileção pela desgraça", disse Lula.

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