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Lula | Lula Marques/ Agência PT/Fotos Públicas
Lula| Foto: Lula Marques/ Agência PT/Fotos Públicas

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta (11) não ter relação com a edição de medidas provisórias investigadas pela Operação Zelotes da Polícia Federal. Lula foi intimado pela PF a prestar depoimento sobre a atuação da LFT Marketing Esportivo, empresa de um de seus filhos, Luis Cláudio da Silva, que recebeu R$ 1,5 milhão do escritório de lobby Marcondes & Mautoni. O mesmo escritório foi contratado por empresas do setor automobilístico interessadas na renovação de uma medida provisória que beneficiava o setor.

Nota divulgada pelo Instituto Lula afirma que o ex-presidente “não tem qualquer relação com os fatos investigados”. “A medida provisória em questão foi editada e aprovada pelo Congresso em 2013, quando ele não era mais presidente da República”, informa o texto.

Entre 2013 e 2014, segundo a investigação, o grupo de lobistas atuou para renovar uma medida provisória de 2009, aprovada durante o governo Lula e com prazo de validade de cinco anos. A empreitada, de acordo com a Zelotes, resultou na edição da medida provisória n.° 627, de 2013, que foi convertida em lei no ano seguinte.

A Procuradoria da República no DF sustenta que “é muito suspeito que uma empresa de marketing esportivo receba valor tão expressivo de uma empresa especializada em manter contatos com a administração pública”.

O Instituto Lula informou ainda que o ex-presidente não foi notificado oficialmente para depor, mas “estará, como sempre esteve, à disposição das autoridades para contribuir com o esclarecimento da verdade”.

Amigo

Um dos objetivos do delegado é confirmar a informação prestada pelo ex-ministro Gilberto Carvalho no depoimento que prestou à PF. Ele disse que Mauro Marcondes é amigo de Lula. A PF quer saber detalhes da relação entre o lobista e o ex-presidente.

Luis Cláudio afirma que prestou serviços de marketing esportivo ao escritório Marcondes & Mautoni. A PF, porém, aponta que os documentos apresentados para justificar os serviços se baseiam em “meras reproduções de conteúdo disponível” na internet, “em especial no site Wikipedia”.

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