Depois de inaugurar o terminal de gás liqüefeito na Baía de Guanabara (RJ) na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira (23) que o país não corre risco de apagão em hipótese alguma. Em seu programa semanal Café com o Presidente, ele avaliou que o funcionamento do local representa maior independência para o Brasil, sobretudo em relação exportação de gás boliviano.
Lula lembrou que o apagão de 2001 ocorreu porque o país ainda não tinha linhas de transmissão que transportassem energia de locais com excesso de produção para onde havia escassez, como o estado de São Paulo. "Teve muita gente que começou a dizer que o Brasil ia ter apagão até agora", disse.
De acordo com o presidente, a partir do momento em que os lagos das hidrelétricas brasileiras ficarem vazios e com a produção de energia comprometida, o terminal da Baía de Guanabara será acionado.
"Nós importamos gás da Bolívia e não poderíamos ficar dependentes de um país. Com esse terminal, poderemos importar gás de outros países", disse, ao ressaltar que o primeiro navio que chegou ao local veio de Trinidad e Tobago, transportando 14,5 milhões de metros cúbicos de gás.
Lula explicou que o gás chega ao Brasil congelado a uma temperatura de -160ºC. Em seguida, é transferido ainda líquido para outro navio e transformado em gás apenas quando entra na tubulação que vai até Magé (RJ). A previsão do governo é de que outros dois terminais de gás liqüefeito sejam inaugurados no país.
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