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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira, em Florianópolis, que seu governo estabeleceu um novo "paradigma" para os que o sucederão. "Até outro dia quem entrava no governo olhava o que foi feito no outro: nada", afirmou. "Quem vier depois de nós vai dizer: 'Eu vou ter que trabalhar porque o paradigma é outro'."

A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, criticada por opositores de estar fazendo campanha presidencial antecipada ao viajar com o presidente, disse que não vai deixar de percorrer o País e também acompanhou Lula a Santa Catarina.

O presidente participou da inauguração de uma linha de transmissão de energia submarina ligando o continente à ilha de Florianópolis, o que aumentará em 150% a capacidade de recebimento de energia na cidade, evitando problemas por pelo menos 30 anos. A obra faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e é fruto de investimentos de R$ 172 milhões.

"Fico feliz por passar para a história como o presidente que, junto com o governo do Estado e a Eletrobrás, garantiu que Florianópolis não terá mais apagão", afirmou. "Se o governo não vier nas coisas boas, nas ruins ele vem mesmo que não esteja presente.

Segundo o presidente, a "presença" nos fatos ruins se dá por meio dos órgãos de comunicação. "Quando acontecem coisas erradas tem que encontrar um culpado rapidamente, começa com o prefeito, passa para o governador e passa para o presidente, que não tem para quem repassar", disse. "Eu nem para o Obama (Barack Obama, presidente dos Estados Unidos) posso passar porque ele é mais novo que eu, mais inexperiente que eu."

Aos opositores, Lula criticou: "Tem gente torcendo: 'Graças a Deus vai ter um desempregozinho e o governo vai se ferrar'", afirmou

Elogios

Antes de discursar, Dilma Rousseff recebeu elogios de seu colega de Minas e Energia, o ministro Edison Lobão. "Sem Dilma Rousseff à frente do PAC seguramente os resultados não seriam tão bons como são hoje", disse. Ela preferiu criticar os governos anteriores. "Quando tinha problemas internacionais cortavam investimentos, até por que o FMI (Fundo Monetário Internacional) exigia", afirmou. Segundo a ministra, a intenção do governo anterior ao de Lula era privatizar a Eletrobrás. "E por isso ela foi proibida de investir em transmissão", criticou. "Nós mudamos o padrão."

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