O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta manhã que é contra o uso da máquina pública no processo eleitoral. "É preciso que sejamos definitivamente republicanos neste País, mostrar que é possível passar por um processo eleitoral sem usar a máquina (pública) como já ocorreu." Ele fez a afirmação em entrevista ao vivo na rádio Tupi, concedida no hotel Copacabana Palace, na zona sul do Rio de Janeiro.

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Indagado sobre as duas multas que já recebeu por causa de propaganda eleitoral, o presidente retrucou. "Não conheço o teor das multas, não li o processo. A primeira parece que foi por causa de uma inauguração de sede de sindicato. Era um lugar particular e não público. Eu falei que íamos ganhar as eleições e a TV mostrou a Dilma na hora. Não tenho culpa disso. Mas é uma coisa que os advogados vão debater. O princípio básico da democracia é respeitar as instituições como o Judiciário e, se eu for considerado culpado, terei que pagar pelo erro que cometi."

O presidente Lula disse que na segunda-feira (5), na reunião ministerial da qual participou, orientou os ministros sobre como devem se comportar no processo eleitoral. "Minha prioridade é governar o Brasil, mas há momentos em que posso fazer campanha", afirmou, acrescentando que "a nossa boa governança é o melhor cabo eleitoral para um candidato". Ele disse ainda que ressaltou para os ministros que "temos nove meses para trabalhar mais do que em três anos, cada ministro a partir de agora tem que construir sua carreira, mostrar serviço".

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