Ex-ministro do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e atual diretor do instituto que leva o nome do petista, Luiz Dulci minimizou nesta segunda-feira (12) as declarações da senadora Marta Suplicy (PT-SP), que atacou o próprio partido e fez crítica a correligionários.
"Quem apostou em criar problemas entre a presidenta Dilma e o presidente Lula conseguiu? Eles continuam tão próximo quanto antes, com tanta amizade pessoal, carinho e compreensão política", disse ele, que compareceu à transmissão de cargo para o novo ministro da Cultura, Juca Ferreira.
Dulci negou que a intenção da senadora tenha sido de criar atrito entre o petista e sua sucessora e preferiu não comentar as declarações de Marta, publicadas na edição de domingo (12) do jornal O Estado de S. Paulo.
O ex-ministro, no entanto, reconheceu que o partido "tem muita coisa que precisa ser aperfeiçoada" e citou como exemplo a necessidade de aproximação com movimentos sociais.
"Uma coisa que já está se fazendo um esforço é aprofundar a relação com os movimentos sociais, que sempre foi uma característica forte do PT. Ele não perdeu inteiramente, mas pode ser muito dinamizada a relação com os movimentos", afirmou.
Ele ponderou que o PT "é o mais forte partido político do Brasil" e que "demonstrou no segundo turno dessas eleições que tem uma vitalidade social enorme."MercadanteTitular da Casa Civil e um dos ministros do círculo de confiança de Dilma, Aloizio Mercadante também preferiu não comentar as declarações de Marta. A senadora afirmou que o petista "mente" ao dizer que não será candidato em 2018.
"Ele é candidatíssimo e está operando nessa direção desde a campanha, quando houve complô dele com Rui e João Santana [marqueteiro do partido] para barrar Lula."
"Não vou falar sobre esse assunto", disse Mercadante a jornalistas quando questionado sobre a entrevista. Ele apenas elogiou o novo titular da Cultura, Juca Ferreira. "Foi um belíssimo pronunciamento. É uma bela história em defesa da cultura."