Se a tarde foi de articulação política para a presidente Dilma Rousseff e Lula, a noite guardou emoções para os protagonistas do documentário sobre o período entre a eleição e posse dela, em janeiro de 2011, exibido na quarta-feira, em Brasília. Dilma e Lula chegaram lado a lado para assistir à estreia do documentário "Pela Primeira Vez", após passarem a tarde de quarta-feira reunidos com ministros, e foram recebidos por um coro de "olê, olê, olá, olá, Lula" pela plateia que lotou a exibição do filme. O documentário, do ex-fotógrafo oficial da Presidência Ricardo Stuckert, mostra os últimos meses de Lula no governo, homenagens ao ex-vice-presidente José Alencar --morto no ano passado vítima de câncer-- e discursos de Dilma na diplomação e posse. "Eu estou emocionado porque, veja, eu acho que tudo aquilo que a gente falava da companheira Dilma antes da campanha era pouco diante do que ela está fazendo no Brasil", disse Lula, de mãos dadas com Dilma, a jornalistas após a exibição do filme. Como ocorre com os astros de cinema, o ex-presidente não foi poupado dos abraços dos fãs, que se aglomeraram para tirar fotos com ele. Perguntado se havia alguma diferença entre os governos de ambos, Lula disse: "Diferença tem. É que ela pode fazer mais, fazer melhor". No que foi interrompido por Dilma: "Não, não tem diferença. Nunca vai ter". Foi a primeira visita de Lula a Brasília desde que foi confirmada a remissão completa de seu câncer na laringe, diagnosticado em outubro do ano passado. Palco da exibição do documentário, produzido em 3D, o Museu da República foi decorado com diversas fotos de Lula abraçado a populares e ao lado de importantes figuras políticas, como os ex-presidentes Fidel Castro, de Cuba; George W. Bush, dos Estados Unidos; e Nelson Mandela, da África do Sul. Diversos ministros e ex-ministros acompanharam a exibição, incluindo o ex-titular da Casa Civil do governo Lula José Dirceu, réu no processo do esquema conhecido como mensalão, em que parlamentares e partidos da base do ex-presidente supostamente receberiam dinheiro para apoiar o governo. O documentário exibiu ainda a assinatura da posse dos ministros de Dilma, mas excluiu aqueles que caíram durante o governo envolvidos em denúncias de irregularidades. Emocionada, Dilma disse que o documentário conta "um momento especial" do país. "(Estou) muito emocionada, é um momento especial, é a primeira mulher sucedendo o primeiro presidente com 87 por cento de aprovação", disse ela. E Lula brincou: "Agora, se a bichinha continuar assim, ela vai chegar a 87 por cento no próximo mês."
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