Depois de tentar em vão serem recebidos pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na manhã ontem, em São Paulo, dois dirigentes do Fórum Permanente dos Ex-perseguidos Políticos criticaram o PT e o governo federal. Um deles, Eduardo Ferreira de Albuquerque, 56 anos, diz ter sido preso e torturado em 1980 por ter pichado um muro com a frase "Soltem o Lula". Na época, o então líder sindical estava preso por liderar greves.
Albuquerque e Francisco Ferreira de Oliveira, 80 anos, queriam pedir a intervenção de Lula junto ao Ministério da Justiça para liberar pagamentos em atraso de indenizações de anistiados políticos. Oliveira participou da luta armada contra o regime militar e passou dois anos e oito meses preso. "Quando o Lula estava preso, fiz mobilização para que o libertassem e acabei sofrendo oito dias de tortura, além de terem me tirado o emprego. Agora, ele bate a porta na minha cara", reclamou Albuquerque.
Segundo Oliveira, pelo menos 13 processos de anistia foram julgados em São Paulo e tiveram a decisão publicada, mas os beneficiários continuam sem receber a indenização. Ele e o colega foram atendidos no portão pelo presidente da entidade, Paulo Okamoto. O ex-presidente atendia o deputado federal Virgílio Guimarães (PT-MG). Revoltado, Albuquerque disse que fará um plantão na frente do prédio em que Lula reside, em São Bernardo do Campo. "Fico revoltado porque o Lula agora recebe o Maluf (deputado federal Paulo Maluf), mas não recebe a gente que lutou por ele".
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