Enquanto se discute no Senado os nomes para a presidência e relatoria da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que irá investigar suspeitas de irregularidades na Petrobras, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL).
Ao líder, o presidente Lula demonstrou a preocupação de que a CPI crie problemas aos investimentos da estatal. A informação é do ministro de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, que participou de parte da reunião. Antes, Lula e Renan tiveram uma conversa reservada de cerca de 30 minutos.
A preocupação baseou-se evidentemente para que a CPI não crie problemas nem embaraços para os investimentos da Petobras, disse José Múcio.
O ministro negou que o PMDB tenha feito qualquer pedido ao governo em troca de apoio na CPI. Nenhum pedido, o governo tem consciência da necessidade do PMDB, e o partido entende que é um grande parceiro do governo. Não houve nenhuma demanda e vocês vão ver ao longo do processo que nada disso aconteceu, disse.
Os nomes para a presidência e relatoria da comissão não foram tratados, de acordo com Múcio. Ele, no entanto, disse que seu entendimento sobre a composição da CPI é de que deve ser seguida a regra adotada em governos anteriores de que a minoria tem o direito constitucional de requerer uma CPI e cabe a maioria, através do voto, escolher os membros.
O modelo que vi no Senado nesses anos todos, principalmente no governo passado é que a maioria sempre escolhia a presidência e a relatoria. Ele lembrou que o regimento diz que há indicação de oito nomes na base do governo e três da oposição.
O líder do PMDB, Renan Calheiros, disse a Múcio que que entre terça e quarta-feira os nomes para compor a CPI devem ser definidos.
O problema é quem em todos os partidos todos os senadores querem participar por que é uma CPI que vai ter muitas luzes e a participação é importante, disse Múcio.
Antes do encontro com Calheiros, o presidente Lula se reuniu com o presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielle, o presidente da BR Distribuidora, José Eduardo Dutra, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e o ministro da Controladoria Geral a União, Jorge Hage.
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