Walesa entrega prêmio com o nome dele ao ex-presidente Lula| Foto: Adam Nurkiewcz/AFP
A presidente da República, Dilma Rousseff

O ex-presidente Lula recebeu ontem em Gdansk, na Polônia, o prêmio Lech Walesa, criado em 2008. Lula disse que irá doar para um país africano os US$ 100 mil (R$ 182 mil) que recebeu do instituto. O país será escolhido pelos diretores do Instituto Lula e pelos membros da fundação polonesa. Um dos fundadores do sindicato Solidarnosc (Solidariedade) e ganhador do Nobel da Paz de 1983, Lech Walesa foi eleito em 1990 o primeiro presidente da Polônia após a queda do comunismo. Walesa afirmou que quando conheceu Lula, em 1980, disse a ele que estavam em caminhos diferentes. "Nós deixamos o comunismo e o senhor queria introduzir o socialismo. Parecia que estávamos em caminhos opostos, pois parecia não haver terceira via. O senhor não tinha razão há 30 anos, mas hoje mostrou que tinha razão."

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Conversa afiada

Ney Leprevost, deputado estadual (PSD).

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Qual será a contribuição do PSD para a política nacional?

Será a chance dos jovens políticos terem sua carta de alforria. Muitas lideranças jovens se sentiam escravizados pelas cúpulas partidárias e não podiam crescer ou disputar eleições majoritárias sem ficar reféns das velhas raposas da política do Brasil.

O senhor mudou de partido para ser candidato a prefeito?

Há uma coincidência engraçada. Meu avô foi prefeito de Curitiba nos anos 40 pelo PSD, que na época era outro partido. Tenho a intenção sim, de um dia, se a população de Curitiba também achar. Sinto-me preparado para ocupar o cargo, mas não tenho ganância em relação a poder até porque tenho 37 anos de idade e tenho tempo para esperar o momento certo.

Para pensar...

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"Por que foi criado o CNJ? Porque havia a sensação generalizada de que os mecanismos normais não funcionavam por causa do corporativismo."

Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente da República, defendendo a manutenção do controle externo do Judiciário pelo Conselho Nacional de Justiça.

Escolinha

O presidente da Assembleia, Valdir Rossoni (PSDB), se reuniu na terça-feira, em Brasília, com o senador tucano Aécio Neves para discutir as estratégias do partido para a eleição de 2012. Segundo Rossoni, o senador mineiro se comprometeu a participar das campanhas municipais de candidatos tucanos e de um evento que deve ocorrer no dia 23 de novembro. "Será uma reunião entre prefeitos, deputados e vereadores paranaenses com palestras técnicas e políticas sobre gestão pública", disse Rossoni. Para equilibrar as forças, além do tucano, a Assembleia vai convidar um nome petista. Estão cotados os senadores Delcídio Amaral e Marta Suplicy.

Sem camisa

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Uma situação inusitada acabou forçando a suspensão da sessão na Câmara da Maringá ontem. O vereador John Alves (PMDB) queria retirar a urgência de projeto que prevê a revogação das exigências para construir casas geminadas na cidade do Norte do estado. Diante do pedido negado, ele tirou a camiseta no plenário. Como se recusou a deixar o local, o presidente do Legislativo, Mário Hossokawa (PMDB), suspendeu a sessão.

Pinga-fogo

"O que eu quero dizer é o seguinte: não aceitem, em hipótese alguma, que a saúde no Brasil não precisa de mais dinheiro. Não é possível aceitar isso. Isso é uma coisa perigosa. Então, nós vamos ter de fazer duas coisas. Eu não estou pedindo hoje um aumento de impostos. Nós vamos melhorar a gestão da saúde neste país. E quando ficar claro para a população que ela precisa de mais coisa, ela mesma vai se encarregar de pedir."

Dilma Rousseff, presidente da República, sobre a falta de recursos para a saúde no país.

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Colaboraram: Marcus Ayres e Sandro Moser.